Putin e Obama discutiram conflitos da Síria e da Ucrânia
A reunião, que durou cerca de meia hora, foi realizada "a portas fechadas", segundo uma declaração da presidência russa
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2015 às 15h39.
Os presidentes Vladimir Putin e Barack Obama discutiram nesta segunda-feira à margem da cúpula do clima em Bourget, perto de Paris, os conflitos na Síria e na Ucrânia, expressando-se em favor de acordos políticos, mas sem superar suas diferenças.
A reunião, que durou cerca de meia hora, foi realizada "a portas fechadas", segundo uma declaração da presidência russa.
Os dois presidentes "manifestaram-se a favor de uma solução política" para a guerra Síria, explicou, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias Interfax.
Eles discutiram "a necessidade de progressos no processo de Viena", confirmou um funcionário da Casa Branca.
A comunidade internacional fez renascer o espectro de uma solução política na Síria, com duas reuniões internacionais em Viena, em outubro e novembro, e um roteiro conduzindo a eleições dentro de 18 meses.
No entanto, Moscou e Washington seguem divergindo sobre o destino do presidente sírio, Bashar al-Assad, que a Rússia apoia, enquanto os Estados Unidos querem a sua partida.
Nesta segunda-feira, "o presidente Obama reiterou sua convicção de que a saída de Bashar al-Assad é necessária, e salientou a importância de concentrar os esforços militares contra o grupo Estado Islâmico (EI), em vez da oposição moderada", indicou uma fonte na Casa Branca.
À frente de uma coalizão internacional, os Estados Unidos bombardeiam há mais de um ano o EI no Iraque e na Síria.
Desde setembro, a Rússia também realiza incursões na Síria, mas é acusada de alvejar principalmente grupos de oposição moderados.
Além disso, os presidentes americano e russo "também falaram sobre a Ucrânia e observaram a necessidade de implementar o mais rapidamente possível os acordos de Minsk", indicou o porta-voz do Kremlin.
Estes acordos visam acabar com um conflito entre rebeldes pró-russos e o exército ucraniano, que deixou mais de 8.000 mortos no leste da Ucrânia desde abril de 2014.
Este conflito levou a Rússia ao isolamento, uma vez que Moscou é acusado de enviar tropas e armas para apoiar os rebeldes.
Neste contexto, Moscou enfrenta pesadas sanções ocidentais.
Durante a reunião, o presidente Obama reiterou a Putin que se a Rússia cumprir todos os termos do Acordo de Minsk, "as sanções poderiam ser levantadas", de acordo com a fonte na Casa Branca.
Finalmente, o presidente Obama expressou "pesar" depois da morte de um piloto russo, cujo avião foi abatido pela Turquia em sua fronteira com a Síria, e reiterou seus apelos para a "desescalada" entre Ancara e Moscou, segundo a fonte.
Putin se recusou a encontrar-se com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan, que expressou seu desejo de encontrar o líder russo à margem da conferência sobre o clima.
Os presidentes Vladimir Putin e Barack Obama discutiram nesta segunda-feira à margem da cúpula do clima em Bourget, perto de Paris, os conflitos na Síria e na Ucrânia, expressando-se em favor de acordos políticos, mas sem superar suas diferenças.
A reunião, que durou cerca de meia hora, foi realizada "a portas fechadas", segundo uma declaração da presidência russa.
Os dois presidentes "manifestaram-se a favor de uma solução política" para a guerra Síria, explicou, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias Interfax.
Eles discutiram "a necessidade de progressos no processo de Viena", confirmou um funcionário da Casa Branca.
A comunidade internacional fez renascer o espectro de uma solução política na Síria, com duas reuniões internacionais em Viena, em outubro e novembro, e um roteiro conduzindo a eleições dentro de 18 meses.
No entanto, Moscou e Washington seguem divergindo sobre o destino do presidente sírio, Bashar al-Assad, que a Rússia apoia, enquanto os Estados Unidos querem a sua partida.
Nesta segunda-feira, "o presidente Obama reiterou sua convicção de que a saída de Bashar al-Assad é necessária, e salientou a importância de concentrar os esforços militares contra o grupo Estado Islâmico (EI), em vez da oposição moderada", indicou uma fonte na Casa Branca.
À frente de uma coalizão internacional, os Estados Unidos bombardeiam há mais de um ano o EI no Iraque e na Síria.
Desde setembro, a Rússia também realiza incursões na Síria, mas é acusada de alvejar principalmente grupos de oposição moderados.
Além disso, os presidentes americano e russo "também falaram sobre a Ucrânia e observaram a necessidade de implementar o mais rapidamente possível os acordos de Minsk", indicou o porta-voz do Kremlin.
Estes acordos visam acabar com um conflito entre rebeldes pró-russos e o exército ucraniano, que deixou mais de 8.000 mortos no leste da Ucrânia desde abril de 2014.
Este conflito levou a Rússia ao isolamento, uma vez que Moscou é acusado de enviar tropas e armas para apoiar os rebeldes.
Neste contexto, Moscou enfrenta pesadas sanções ocidentais.
Durante a reunião, o presidente Obama reiterou a Putin que se a Rússia cumprir todos os termos do Acordo de Minsk, "as sanções poderiam ser levantadas", de acordo com a fonte na Casa Branca.
Finalmente, o presidente Obama expressou "pesar" depois da morte de um piloto russo, cujo avião foi abatido pela Turquia em sua fronteira com a Síria, e reiterou seus apelos para a "desescalada" entre Ancara e Moscou, segundo a fonte.
Putin se recusou a encontrar-se com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan, que expressou seu desejo de encontrar o líder russo à margem da conferência sobre o clima.