Putin defende anexação da Crimeia em seu segundo aniversário
O presidente russo ressaltou que a anexação foi possível "graças à livre expressão da vontade popular no referendo realizado há dois anos"
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2016 às 16h53.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , defendeu nesta sexta-feira a anexação da Crimeia em seu segundo aniversário, durante um discurso dirigido a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça Vermelha de Moscou.
"Eu os felicito pela festa do aniversário da reunificação da Crimeia e Sebastopol. Sem exagerar, esta justiça histórica era esperada e desejada por milhões de pessoas", disse Putin em mensagem de vídeo gravada na Crimeia.
Putin, que fez estas afirmações da ilha de Tuzla (no mar de Azov), em território da Crimeia, ressaltou que a anexação foi possível "graças à livre expressão da vontade popular no referendo realizado há dois anos" na península ucraniana.
Além disso, destacou a importância da construção da ponte que unirá esse território outrora ucraniano e o resto da Rússia através do estreito de Kerch, cujas obras inspecionou hoje de helicóptero.
"Este será outro símbolo de nossa unidade com a Crimeia e Sebastopol e de nosso potencial", ressaltou Putin, que chamou de "missão histórica" a conclusão dessa ponte até o final de 2018.
A ponte através do estreito de Kerch deveria ser construída por russos e ucranianos como parte de um projeto conjunto estipulado em novembro de 2010, mas a derrocada em Kiev do presidente Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014 e a anexação da Crimeia no mês seguinte transtornou esses planos.
A visita de Putin provocou um "firme protesto" da chancelaria ucraniana, que lembrou que a Crimeia é "um território provisoriamente ocupado" pela Rússia.
Por sua parte, a União Europeia (UE) voltou a condenar a "anexação ilegal" da península, que tachou de "violação do direito internacional", e alertou sobre a deterioração dos direitos humanos, em particular pela perseguição da minoria tártara.
Por esse motivo, a alta representante de Política Externa da UE, Federica Mogherini, declarou que o bloco seguirá aplicando as sanções contra Moscou e instou os países-membros da ONU a aderirem a essa postura.
Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, assegurou que as pressões políticas e econômicas por parte da UE não serão capazes de mudar o fato de que "Crimeia e Sebastopol são parte inalienável da Federação Russa".
Em 18 de março de 2014 Putin assinou a anexação da Crimeia durante uma cerimônia oficial no Kremlin, decisão que foi condenada unanimemente pelo Ocidente e que custou à Rússia a adoção de sanções econômicas.
A Ucrânia não desistiu de recuperar a Crimeia, que considera um território ocupado pela Rússia, que alega por sua parte que foram os crimeanos que optaram majoritariamente por integrar-se na Federação Russa através de um questionado referendo realizado na presença de unidades especiais do exército russo.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , defendeu nesta sexta-feira a anexação da Crimeia em seu segundo aniversário, durante um discurso dirigido a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça Vermelha de Moscou.
"Eu os felicito pela festa do aniversário da reunificação da Crimeia e Sebastopol. Sem exagerar, esta justiça histórica era esperada e desejada por milhões de pessoas", disse Putin em mensagem de vídeo gravada na Crimeia.
Putin, que fez estas afirmações da ilha de Tuzla (no mar de Azov), em território da Crimeia, ressaltou que a anexação foi possível "graças à livre expressão da vontade popular no referendo realizado há dois anos" na península ucraniana.
Além disso, destacou a importância da construção da ponte que unirá esse território outrora ucraniano e o resto da Rússia através do estreito de Kerch, cujas obras inspecionou hoje de helicóptero.
"Este será outro símbolo de nossa unidade com a Crimeia e Sebastopol e de nosso potencial", ressaltou Putin, que chamou de "missão histórica" a conclusão dessa ponte até o final de 2018.
A ponte através do estreito de Kerch deveria ser construída por russos e ucranianos como parte de um projeto conjunto estipulado em novembro de 2010, mas a derrocada em Kiev do presidente Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014 e a anexação da Crimeia no mês seguinte transtornou esses planos.
A visita de Putin provocou um "firme protesto" da chancelaria ucraniana, que lembrou que a Crimeia é "um território provisoriamente ocupado" pela Rússia.
Por sua parte, a União Europeia (UE) voltou a condenar a "anexação ilegal" da península, que tachou de "violação do direito internacional", e alertou sobre a deterioração dos direitos humanos, em particular pela perseguição da minoria tártara.
Por esse motivo, a alta representante de Política Externa da UE, Federica Mogherini, declarou que o bloco seguirá aplicando as sanções contra Moscou e instou os países-membros da ONU a aderirem a essa postura.
Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, assegurou que as pressões políticas e econômicas por parte da UE não serão capazes de mudar o fato de que "Crimeia e Sebastopol são parte inalienável da Federação Russa".
Em 18 de março de 2014 Putin assinou a anexação da Crimeia durante uma cerimônia oficial no Kremlin, decisão que foi condenada unanimemente pelo Ocidente e que custou à Rússia a adoção de sanções econômicas.
A Ucrânia não desistiu de recuperar a Crimeia, que considera um território ocupado pela Rússia, que alega por sua parte que foram os crimeanos que optaram majoritariamente por integrar-se na Federação Russa através de um questionado referendo realizado na presença de unidades especiais do exército russo.