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Putin admite que situação na luta antiterrorista não melhorou

A afirmação foi feita pelo presidente durante uma reunião extraordinária com os chefes dos órgãos de segurança da Comunidade dos Estados Independentes

Vladimir Putin: a Rússia não sofria um atentado dessa magnitude em seu território desde dezembro de 2013 (foto/Getty Images)

Vladimir Putin: a Rússia não sofria um atentado dessa magnitude em seu território desde dezembro de 2013 (foto/Getty Images)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 10h47.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta quarta-feira que a situação na luta contra o terrorismo não melhorou , alegando que a melhor constatação é o atentado da segunda-feira contra o metrô de São Petersburgo, no qual morreram 14 pessoas.

"Infelizmente, vemos que a situação não melhora. E a melhor confirmação disto são os recentes e trágicos fatos em São Petersburgo. Como resultado de um atentado terrorista, morreram pessoas e houve muitos feridos", disse.

Putin fez estas afirmações durante uma reunião extraordinária em Moscou com os chefes dos órgãos de segurança da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

"Somos conscientes de que cada um de nossos países, praticamente todos, somos possíveis, potenciais alvos de ataques terroristas. Além disso, há muitas outras ameaças para nossos países", declarou.

Entre as ameaças mencionou "a interferência de forças externas, que querem de uma ou outra forma influenciar na situação política interna de nossos países".

Por outro lado, destacou que a cooperação entre as antigas repúblicas da União Soviética é efetiva.

Os serviços secretos do Quirguistão foram os primeiros a dar o alarme na terça-feira ao informar que o terrorista suicida de São Petersburgo era oriundo dessa república centro-asiática, embora tenha recebido a cidadania russa em 2011 e residisse na antiga capital czarista.

Este assunto foi abordado ontem pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e seu colega quirguiz, Erlan Abdildaev, que considerou prematuro assegurar que dito terrorista seja membro do Estado Islâmico (EI).

Por sua vez, seis cidadãos procedentes de países de Ásia Central foram detidos hoje em São Petersburgo como suspeitos de colaborar com o EI e outras organizações terroristas, segundo informou o Comitê de Instrução da Rússia.

Nesse sentido, o Kremlin garantiu que a Rússia seguirá redobrando a luta contra o terrorismo e lembrou a "muito firme postura" de Putin na hora de combater essa praga desde que chegou ao poder em 1999, quando lançou a segunda guerra chechena.

O EI matou 217 turistas russos ao detonar no ar um avião de passageiros pouco depois de decolar do Egito em outubro de 2015.

No entanto, a Rússia não sofria um atentado dessa magnitude em seu território desde dezembro de 2013, quando dois suicidas mataram 34 pessoas em uma estação de trem e em um trólebus em Volgogrado, antiga Stalingrado.

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