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Puigdemont cogita burlar a Justiça para sua eleição na Catalunha

No sábado passado, o Tribunal Constitucional ordenou que o ex-líder catalão pedisse permissão ao juiz do Supremo para participar da eleição regional

Carles Puigdemont tem uma ordem de detenção na Espanha, já que é requerido pela Justiça pelos supostos crimes de insurreição e rebelião (Yves Herman/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 08h57.

Barcelona, Espanha - O candidato independentista à presidência regional da Catalunha , Carles Puigdemont, cogita agora não pedir permissão ao Tribunal Supremo para sua posse, assegurou nesta segunda-feira seu advogado, que não descarta que seu cliente compareça ao parlamento catalão.

No sábado passado, o Tribunal Constitucional ordenou a Puigdemont, que se encontra foragido da Justiça em Bruxelas, que pedisse permissão ao juiz do Supremo que o investiga para participar de sua eleição no parlamento regional, já que tem que ser um ato presencial.

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Em uma entrevista à emissora "RAC-1", o advogado Jaume Alonso-Cuevillas afirmou que avalia junto com o político a possibilidade de recorrer da decisão do Tribunal Constitucional.

Puigdemont tem uma ordem de detenção na Espanha, já que é requerido pela Justiça pelos supostos crimes de insurreição e rebelião, e fugiu para capital belga depois que, no último dia 27 de outubro, o parlamento catalão declarou a independência dessa região.

Cuevillas indicou que, após a resolução do Constitucional, a primeira opção que ventilaram foi que Puigdemont pedisse permissão ao juiz que o investiga, mas agora "voltaram atrás" na ideia, uma vez que veem "mais longe esta possibilidade".

"Me recuso a aceitar que a posse do presidente da Generalitat (governo catalão) deva ficar submetida a uma permissão judicial prévia", declarou Cuevillas, que está convencido que não obteriam uma resposta imediata.

O parlamento da Catalunha convocou para amanhã uma sessão para escolher o próximo presidente regional, com Puigdemont como candidato.

Cuevillas afirmou que, se finalmente optarem por recorrer da resolução do Tribunal Constitucional, que qualificou como uma "monstruosidade", o farão de forma "imediata", embora ainda não saibam se fariam isso perante o próprio Constitucional, perante o Tribunal Supremo ou perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

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