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Protestos terminam em violência na Colômbia

Milhares de pessoas se manifestaram nas principais cidades do país para apoiar os camponeses que exigem ajuda financeira do governo

Polícia entra em confronto com manifestantes na Colômbia: ao menos 147 pessoas ficaram feridas na capital (Albeiro Lopera/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 08h54.

Bogotá - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira nas principais cidades da Colômbia para apoiar os camponeses que exigem ajuda financeira do governo, em passeatas que terminaram com cenas de violência em Bogotá e Medellín.

Em Bogotá, trabalhadores, estudantes e profissionais da saúde ocuparam a Praça Bolívar, no centro da capital, onde a polícia de choque reprimiu os manifestantes.

Ao menos 147 pessoas ficaram feridas na capital, incluindo 26 que receberam atenção médica, e 40 foram detidas, informou a prefeitura de Bogotá.

Segundo o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, 37 policiais ficaram feridos nos protestos, em todo o país, incluindo três agentes baleados em Soacha, subúrbio de Bogotá.

"Está claro que aqui não há inocentes: são vândalos, criminosos a serviço de interesses obscuros, certamente a serviço dos terroristas das Farc", disse Pinzón em referência à guerrilha colombiana.

O protesto que começou pacífico na capital degenerou no final da tarde, quando manifestantes e policiais se enfrentaram, o que destruiu as vidraças de várias agências bancárias e lojas.

Grupos de encapuzados atacaram os policiais com vidros quebrados, paus e pedras, constatou a AFP no local. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.

O ministro do Interior, Fernando Carrillo, atribuiu os incidentes a "vândalos que não são camponeses".


Em Medellín, segunda principal cidade da Colômbia, o protesto terminou em confronto entre policiais e manifestantes, e dois jornalistas foram agredidos pela polícia, constatou o fotógrafo da AFP.

No final da tarde, o presidente Juan Manuel Santos se reuniu com a liderança policial para avaliar a situação.

No total, ocorreram 48 protestos, em todo o país.

Jorge Morales, um estudante de 22 anos, declarou à AFP em Bogotá que "é preciso apoiar os camponeses. Os TLCs (tratados de livre comércio) nos deixam mal. Os camponeses preferem jogar fora suas colheitas e derramar seu leite porque tudo está entrando do estrangeiro com preços muito baixos, não vale a pena vender",

"Sou neta de camponeses e não é justo que este país, capaz de produzir comida para se sustentar, traga tudo de fora porque é mais barato", lamentou outra estudante.

Os camponeses, que bloqueiam as principais estradas do país, iniciaram o protesto em 19 de agosto para exigir preços mínimos sobre alguns produtos agrícolas e a redução dos preços de fertilizantes, pesticidas e sementes.

Nesta quinta-feira, os camponeses realizavam 72 bloqueios em 37 trechos de estradas de oito regiões da Colômbia, segundo o ministério do Interior.

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Bogotá - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira nas principais cidades da Colômbia para apoiar os camponeses que exigem ajuda financeira do governo, em passeatas que terminaram com cenas de violência em Bogotá e Medellín.

Em Bogotá, trabalhadores, estudantes e profissionais da saúde ocuparam a Praça Bolívar, no centro da capital, onde a polícia de choque reprimiu os manifestantes.

Ao menos 147 pessoas ficaram feridas na capital, incluindo 26 que receberam atenção médica, e 40 foram detidas, informou a prefeitura de Bogotá.

Segundo o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, 37 policiais ficaram feridos nos protestos, em todo o país, incluindo três agentes baleados em Soacha, subúrbio de Bogotá.

"Está claro que aqui não há inocentes: são vândalos, criminosos a serviço de interesses obscuros, certamente a serviço dos terroristas das Farc", disse Pinzón em referência à guerrilha colombiana.

O protesto que começou pacífico na capital degenerou no final da tarde, quando manifestantes e policiais se enfrentaram, o que destruiu as vidraças de várias agências bancárias e lojas.

Grupos de encapuzados atacaram os policiais com vidros quebrados, paus e pedras, constatou a AFP no local. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.

O ministro do Interior, Fernando Carrillo, atribuiu os incidentes a "vândalos que não são camponeses".


Em Medellín, segunda principal cidade da Colômbia, o protesto terminou em confronto entre policiais e manifestantes, e dois jornalistas foram agredidos pela polícia, constatou o fotógrafo da AFP.

No final da tarde, o presidente Juan Manuel Santos se reuniu com a liderança policial para avaliar a situação.

No total, ocorreram 48 protestos, em todo o país.

Jorge Morales, um estudante de 22 anos, declarou à AFP em Bogotá que "é preciso apoiar os camponeses. Os TLCs (tratados de livre comércio) nos deixam mal. Os camponeses preferem jogar fora suas colheitas e derramar seu leite porque tudo está entrando do estrangeiro com preços muito baixos, não vale a pena vender",

"Sou neta de camponeses e não é justo que este país, capaz de produzir comida para se sustentar, traga tudo de fora porque é mais barato", lamentou outra estudante.

Os camponeses, que bloqueiam as principais estradas do país, iniciaram o protesto em 19 de agosto para exigir preços mínimos sobre alguns produtos agrícolas e a redução dos preços de fertilizantes, pesticidas e sementes.

Nesta quinta-feira, os camponeses realizavam 72 bloqueios em 37 trechos de estradas de oito regiões da Colômbia, segundo o ministério do Interior.

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