Protestos contra governo da Tailândia paralisam ministérios
Manifestantes tailandeses bloquearam novos ministérios e intensificaram a pressão para exigir a renúncia da primeira-ministra
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 10h23.
Bangcoc - Os manifestantes tailandeses bloquearam novos ministérios e intensificaram nesta terça-feira a pressão para exigir a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, que enfrenta uma moção de censura no Parlamento.
Dezenas de milhares de pessoas protestam desde domingo contra a chefe de Governo, acusada de corrupção , e contra seu irmão Thaksin, ex-premier que foi derrubado por um golpe de Estado em 2006, atualmente exilado, mas que permanece no centro do debate político no país.
O movimento mais importante desde a crise de 2010, que preocupou a comunidade internacional, superou um novo limite na segunda-feira, quando os manifestantes entraram nos ministérios das Finanças e das Relações Exteriores.
Os participantes nos protestos abandonaram a sede da chancelaria nesta terça-feira, mas o prédio do ministério das Finanças permanecia ocupado por militantes liderados por Suthep Thaugsuban, dirigente do Partido Democrata, o principal da oposição.
Quase 1.500 manifestantes cercaram nesta terça-feira o ministério do Interior, que era protegido por centenas de policiais. Em meio aos assovios, que viraram um sinal característico das manifestações, deram um prazo para que os funcionários deixassem o local.
Mais três ministérios - Transportes, Turismo e Esportes, Agricultura - estão "cercados", pelos manifestantes, segundo o ministro dos Esportes, Somsak Pureesrisak.
"Pediram a todos os funcionários que deixassem seus postos e nós devemos partir porque vão cortar a água e a energia elétrica", disse.
Ao mesmo tempo, o debate sobre a moção de censura teve início nesta terça-feira, mas o governo espera superar o obstáculo, já que o partido Puea Thai conta com ampla maioria.
"Todos devem obedecer a lei e não utilizar a lei da rua para ofuscar o Estado de direito", destacou Yingluck Shinawatra ao chegar ao Parlamento.
A presença policial foi reforçada desde que foi ampliada na segunda-feira à noite por toda Bangcoc uma lei de segurança especial que permite impor um toque de recolher ou proibir os comícios.
Mas a medida não afastou os manifestantes. Durante uma entrevista coletiva no ministério das Finanças ocupado, prometeram uma "grande ação" na quarta-feira.
"Ocupamos o ministério das Finanças de forma não violenta e pacífica, nossos partidários em todo o país podem fazer o mesmo e ocupar todos os edifícios governamentais", declarou Akanat Promphan, falando em nome de Suthep, que perdeu a voz depois dos discursos de segunda-feira.
A revolta da oposição foi provocada por uma lei de anistia, especialmente redigida segundo os opositores para permitir que Thaksin escape de uma condenação de dois anos de prisão por fraude. O texto foi rejeitado pelo Senado, mas isto não acalmou os manifestantes.
Thaksin continua sendo a personalidade mais amada e mais odiada do país, dividindo a sociedade entre as massas rurais e urbanas pobres do norte e nordeste, leais ao ex-premier, e as elites de Bangcoc, que o consideram uma ameaça para a monarquia.
Bangcoc - Os manifestantes tailandeses bloquearam novos ministérios e intensificaram nesta terça-feira a pressão para exigir a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, que enfrenta uma moção de censura no Parlamento.
Dezenas de milhares de pessoas protestam desde domingo contra a chefe de Governo, acusada de corrupção , e contra seu irmão Thaksin, ex-premier que foi derrubado por um golpe de Estado em 2006, atualmente exilado, mas que permanece no centro do debate político no país.
O movimento mais importante desde a crise de 2010, que preocupou a comunidade internacional, superou um novo limite na segunda-feira, quando os manifestantes entraram nos ministérios das Finanças e das Relações Exteriores.
Os participantes nos protestos abandonaram a sede da chancelaria nesta terça-feira, mas o prédio do ministério das Finanças permanecia ocupado por militantes liderados por Suthep Thaugsuban, dirigente do Partido Democrata, o principal da oposição.
Quase 1.500 manifestantes cercaram nesta terça-feira o ministério do Interior, que era protegido por centenas de policiais. Em meio aos assovios, que viraram um sinal característico das manifestações, deram um prazo para que os funcionários deixassem o local.
Mais três ministérios - Transportes, Turismo e Esportes, Agricultura - estão "cercados", pelos manifestantes, segundo o ministro dos Esportes, Somsak Pureesrisak.
"Pediram a todos os funcionários que deixassem seus postos e nós devemos partir porque vão cortar a água e a energia elétrica", disse.
Ao mesmo tempo, o debate sobre a moção de censura teve início nesta terça-feira, mas o governo espera superar o obstáculo, já que o partido Puea Thai conta com ampla maioria.
"Todos devem obedecer a lei e não utilizar a lei da rua para ofuscar o Estado de direito", destacou Yingluck Shinawatra ao chegar ao Parlamento.
A presença policial foi reforçada desde que foi ampliada na segunda-feira à noite por toda Bangcoc uma lei de segurança especial que permite impor um toque de recolher ou proibir os comícios.
Mas a medida não afastou os manifestantes. Durante uma entrevista coletiva no ministério das Finanças ocupado, prometeram uma "grande ação" na quarta-feira.
"Ocupamos o ministério das Finanças de forma não violenta e pacífica, nossos partidários em todo o país podem fazer o mesmo e ocupar todos os edifícios governamentais", declarou Akanat Promphan, falando em nome de Suthep, que perdeu a voz depois dos discursos de segunda-feira.
A revolta da oposição foi provocada por uma lei de anistia, especialmente redigida segundo os opositores para permitir que Thaksin escape de uma condenação de dois anos de prisão por fraude. O texto foi rejeitado pelo Senado, mas isto não acalmou os manifestantes.
Thaksin continua sendo a personalidade mais amada e mais odiada do país, dividindo a sociedade entre as massas rurais e urbanas pobres do norte e nordeste, leais ao ex-premier, e as elites de Bangcoc, que o consideram uma ameaça para a monarquia.