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Protesto por prisão de brasileiro fecha fronteira com a Bolívia

O bloqueio atinge duas pontes que ligam a boliviana Cobija (Pando) à cidade brasileira de Epitaciolândia (Acre)

Bolívia: segundo as autoridades brasileiras, a polícia boliviana ignorou a fronteira e entrou no Brasil, no dia 11 de fevereiro, para deter o suspeito (GettyImages)

Bolívia: segundo as autoridades brasileiras, a polícia boliviana ignorou a fronteira e entrou no Brasil, no dia 11 de fevereiro, para deter o suspeito (GettyImages)

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AFP

Publicado em 2 de março de 2017 às 20h50.

A Bolívia pediu nesta quinta-feira ajuda ao Brasil para acabar com um protesto que impede o trânsito por duas pontes na fronteira comum após a prisão de um cidadão brasileiro acusado de sequestro pela polícia boliviana.

O bloqueio atinge duas pontes que ligam a boliviana Cobija (Pando) à cidade brasileira de Epitaciolândia (Acre).

Segundo as autoridades brasileiras, a polícia boliviana ignorou a fronteira e entrou no Brasil, no dia 11 de fevereiro, para deter o suspeito, Sebastião Nogueira do Nascimento.

"Faço um apelo às autoridades brasileiras: não é possível que dez pessoas em uma ponte e mais cinco em outra ponte internacional impeçam a circulação de mercadorias e o comércio, prejudicando a população para defender um criminoso", declarou em entrevista coletiva o ministro do Interior, Carlos Romero.

Segundo a versão boliviana, Sebastião Nogueira do Nascimento foi detido em Cobija por liderar um grupo de sequestradores "que tem provocado terror entre a população".

Mas a embaixada do Brasil em La Paz apresentou uma queixa na qual afirma que a detenção ocorreu no território brasileiro, violando a soberania nacional.

De acordo com a imprensa brasileira, o protesto é realizado por familiares e amigos de Sebastião Nogueira.

Dilma Nogueira, irmã de Sebastião, afirmou que policiais bolivianos invadiram sua casa para capturá-lo.

Brasil e Bolívia compartilham uma fronteira comum de 3.133 km que vai da Amazônia até o Chaco, onde são frequentes o tráfico de drogas e os crimes comuns.

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