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Protesto na China deixa 16 mortos, governo culpa terroristas

Policiais também morreram durante protesto


	China: esse é o mais recente protesto violento na afastada região de grande população muçulmana de Xinjiang, no oeste da China
 (Reuters)

China: esse é o mais recente protesto violento na afastada região de grande população muçulmana de Xinjiang, no oeste da China (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 07h31.

Pequim - A polícia chinesa matou a tiros 14 pessoas na cidade de Kashgar, na antiga Rota da Seda, durante um protesto no qual dois policiais também morreram, informou o governo local nesta segunda-feira.

Esse é o mais recente protesto violento na afastada região de grande população muçulmana de Xinjiang, no oeste da China. O governo chinês culpa militantes islâmicos de planejarem uma guerra santa no local.

Ao descrever o incidente que aconteceu na noite de domingo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying quase culpou militantes islâmicos diretamente, mas se corrigiu a tempo e disse que uma "violenta gangue terrorista" atacou a polícia com explosivos.

"Novamente mostraram a verdadeira face do terrorismo violento. Eles devem ser condenados por todas as pessoas que amam a paz e a estabilidade", disse a porta-voz a jornalistas. "Essa conspiração não recebe apoio popular e está fadada ao fracasso." O governo regional disse que a polícia foi atacada por uma gangue lançando explosivos e empunhando facas quando tentava prender "criminosos suspeitos" em uma vila próxima a Kashgar.

"A polícia respondeu decisivamente", disse o governo em um breve comunicado, acrescentando que duas pessoas foram detidas e investigações já estão sendo conduzidas.

Em um episódio violento similar, pelo menos nove civis e dois policiais morreram quando um grupo de pessoas armadas com machados e facas atacou uma delegacia também perto de Kashgar no mês passado, segundo a mídia estatal.

Xinjiang tem sido cenário de numerosas manifestações nos últimos anos, que Pequim diz ser responsabilidade do grupo separatista Movimento Islâmico do Turquestão do Leste, mesmo que especialistas e grupos de direitos humanos lancem dúvidas sobre a existência de um grupo coeso.

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