Pessoas comemoram execução de líder: muitos cidadãos celebraram a primeira execução na história de Bangladesh de um criminoso de guerra, ocorrida na quinta-feira à noite (Andrew Biraj/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 07h28.
Daca - Ao menos quatro pessoas morreram em Bangladesh nesta sexta-feira quando partidários do líder islâmico Abdul Quader Mollah protestaram com violência contra a execução dele por crimes de guerra cometidos em 1971 na luta contra o Paquistão pela independência.
A decisão de enforcar Mollah, uma importante figura do partido da coalizão oposicionista Jamaat-e-Islami, foi amplamente condenada pelos aliados políticos do líder islâmico e por grupos internacionais de direitos humanos.
Mas muitos cidadãos celebraram a primeira execução na história de Bangladesh de um criminoso de guerra, ocorrida na quinta-feira à noite no Presídio Central de Daca, a capital.
Mollah, apelidado de "Carniceiro de Mirpur" por sua participação em centenas de assassinatos há 42 anos, foi enterrado na madrugada desta sexta em sua aldeia natal.
Partidários de Jamaat incendiaram veículos e casas, saquearam lojas, lançaram bombas artesanais e bloquearam estradas em várias partes do país em protesto pela execução.
Segundo a polícia, dois ativistas da governista Liga Awami foram agredidos até a morte em Satkhira, no sudoeste, nesta sexta. Uma pessoa morreu em confrontos entre a polícia e simpatizantes de Jamaat no distrito de Noakhali, no sul, e um motorista foi morto depois que manifestantes pró-Jamaat o perseguiram.