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Protesto do Greenpeace estimula fim de usina nuclear na França

Em dezembro, manifestantes entraram em uma usina francesa vestidos como funcionários para demonstrar falha de segurança; desde então, debate sobre o tema acontece no país

O Greenpeace critica a auditoria do governo francês sobre a segurança das centrais nucleares
DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 14h34.

São Paulo - Ativistas do Greenpeace entraram em uma usina nuclear na França para apontar a falha de segurança e, consequentemente, o perigo que a estrutura representa para a população. Após o ocorrido, o uso deste tipo de energia divide opiniões dos franceses.

Os ativistas do Greenpeace entraram vestidos como funcionários na usina de Nogent-sur-Seine e deixaram uma faixa com a frase "energia nuclear é perigosa". O protesto foi feito em dezembro do ano passado com o intuito de mostrar que assim como eles entraram, qualquer pessoa mal intencionada também poderia invadir o local.

Os diretores da empresa afirmam que os ativistas foram reconhecidos pelos seguranças, só não intervieram pelo fato de estarem desarmados e por supostamente entenderem que se tratava de um protesto pacífico. Coincidentemente, o ministro francês do Interior, Claude Guéant, convocou na mesma semana uma reunião para debater a segurança nas usinas nucleares.

Atualmente, a França possui 58 usinas nucleares que geram 80% da eletricidade consumida. Sempre houve consenso em relação ao seu uso, no entanto a população demonstra preocupação e os políticos já não são tão categóricos em afirmar que esta seja a melhor opção

. O presidente Nicolas Sarkozy, que sempre elogiou a tecnologia nacional de ponta do país, já anunciou novas checagens de segurança nas centrais e fechará as que não passarem nos testes.


Não é de hoje que o debate vem questionando a posição francesa. No ano passado, por exemplo, o governo de Estrasburgo convocou uma votação para que a população opinasse sobre o fechamento da planta de energia nuclear mais antiga do país. A atitude serviu de exemplo para outras cidades que fizeram o mesmo.

Já neste ano, as eleições presidenciais serão a oportunidade de socialistas e partidos favoráveis ao fim da energia nuclear defenderem suas ideias, pois se vencerem já prometeram reduzir a produção pela metade.

O socialista François Hollande já deixou claro que abrirá um longo debate sobre o assunto caso ganhe a eleição. Outro debate pendente é sobre os resíduos do lixo nuclear.

O depósito definitivo destes detritos precisa ser aprovado até 2013, pois as soluções apresentadas até o momento não tiveram apoio popular.

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Os diretores da empresa afirmam que os ativistas foram reconhecidos pelos seguranças, só não intervieram pelo fato de estarem desarmados e por supostamente entenderem que se tratava de um protesto pacífico. Coincidentemente, o ministro francês do Interior, Claude Guéant, convocou na mesma semana uma reunião para debater a segurança nas usinas nucleares.

Atualmente, a França possui 58 usinas nucleares que geram 80% da eletricidade consumida. Sempre houve consenso em relação ao seu uso, no entanto a população demonstra preocupação e os políticos já não são tão categóricos em afirmar que esta seja a melhor opção

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Não é de hoje que o debate vem questionando a posição francesa. No ano passado, por exemplo, o governo de Estrasburgo convocou uma votação para que a população opinasse sobre o fechamento da planta de energia nuclear mais antiga do país. A atitude serviu de exemplo para outras cidades que fizeram o mesmo.

Já neste ano, as eleições presidenciais serão a oportunidade de socialistas e partidos favoráveis ao fim da energia nuclear defenderem suas ideias, pois se vencerem já prometeram reduzir a produção pela metade.

O socialista François Hollande já deixou claro que abrirá um longo debate sobre o assunto caso ganhe a eleição. Outro debate pendente é sobre os resíduos do lixo nuclear.

O depósito definitivo destes detritos precisa ser aprovado até 2013, pois as soluções apresentadas até o momento não tiveram apoio popular.

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