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Propina garantiu Copa de 98 na França, diz delator

Os pagamentos teriam ocorrido em 1992, quando a Fifa ainda era presidida pelo brasileiro João Havelange

João Havelange: documento publicado pelo Departamento de Justiça dos EUA traz a confissão de Blazer e deixa claro que não foi o único a receber o dinheiro (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 17h56.

Zurique - Chuck Blazer, o homem que delatou a Fifa para a Justiça americana, confessou diante de uma corte nos Estados Unidos que cartolas receberam propinas para a escolha da França como sede da Copa do Mundo de 1998.

Segundo ele, os pagamentos ocorreram em 1992, quando a Fifa ainda era presidida pelo brasileiro João Havelange. A Copa de 98 foi organizada por Michel Platini, atual presidente da Uefa e sério candidato a ocupar o cargo de Joseph Blatter.

"Entre outras coisas, eu concordei com outras pessoas em 1992 para facilitar a aceitação de uma propina em relação à seleção da sede da Copa de 1998", disse Blazer. O documento também aponta que o mesmo mecanismo foi usado para dar à África do Sul a sede da Copa de 2010.

Em um documento publicado há instantes pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e que traz a confissão de Blazer, ele deixa claro que não foi o único a receber o dinheiro.

"Começando por volta de 2004 e continuando até 2011, eu (Chuck) e outros do Comitê Executivo da Fifa concordamos e aceitar propinas em relação à escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010", declarou o americano diante da corte dos EUA, no dia 25 de novembro de 2013.

Naquele momento, Ricardo Teixeira era um dos membros do Comitê Executivo da Fifa e votou pela África do Sul. O outro candidato a receber a Copa era o Marrocos.

A escolha dos sul-africanos foi marcada pela presença de Nelson Mandela na Fifa, num dos momentos que a entidade mais se orgulha em mostrar imagens. Chuck não cita nomes em sua confissão. Mas deixa claro que a Copa foi comprada.

Há uma semana, documentos do FBI indicaram também que os sul-africanos haviam pago US$ 10 milhões ao então vice-presidente da Fifa, Jack Warner, em troca de votos. Nesta quarta-feira, os sul-africanos negaram que se trate de suborno, mas sim de um programa social.

O dinheiro ainda teria passado por Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, que nega qualquer envolvimento e se recusa a pedir sua demissão. Chuck também confessou que recebeu propinas para os direitos de TV das edições de 1996, 1998, 2000, 2002 e 2003 da Copa Ouro.

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Segundo ele, os pagamentos ocorreram em 1992, quando a Fifa ainda era presidida pelo brasileiro João Havelange. A Copa de 98 foi organizada por Michel Platini, atual presidente da Uefa e sério candidato a ocupar o cargo de Joseph Blatter.

"Entre outras coisas, eu concordei com outras pessoas em 1992 para facilitar a aceitação de uma propina em relação à seleção da sede da Copa de 1998", disse Blazer. O documento também aponta que o mesmo mecanismo foi usado para dar à África do Sul a sede da Copa de 2010.

Em um documento publicado há instantes pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e que traz a confissão de Blazer, ele deixa claro que não foi o único a receber o dinheiro.

"Começando por volta de 2004 e continuando até 2011, eu (Chuck) e outros do Comitê Executivo da Fifa concordamos e aceitar propinas em relação à escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010", declarou o americano diante da corte dos EUA, no dia 25 de novembro de 2013.

Naquele momento, Ricardo Teixeira era um dos membros do Comitê Executivo da Fifa e votou pela África do Sul. O outro candidato a receber a Copa era o Marrocos.

A escolha dos sul-africanos foi marcada pela presença de Nelson Mandela na Fifa, num dos momentos que a entidade mais se orgulha em mostrar imagens. Chuck não cita nomes em sua confissão. Mas deixa claro que a Copa foi comprada.

Há uma semana, documentos do FBI indicaram também que os sul-africanos haviam pago US$ 10 milhões ao então vice-presidente da Fifa, Jack Warner, em troca de votos. Nesta quarta-feira, os sul-africanos negaram que se trate de suborno, mas sim de um programa social.

O dinheiro ainda teria passado por Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, que nega qualquer envolvimento e se recusa a pedir sua demissão. Chuck também confessou que recebeu propinas para os direitos de TV das edições de 1996, 1998, 2000, 2002 e 2003 da Copa Ouro.

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