Promotoria isenta Messi, mas fisco mantém acusações
A Promotoria aceita a versão de Messi, que na quinta-feira declarou ao tribunal que se "dedicava a jogar futebol e não tinha ideia de nada"
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2016 às 17h25.
No último dia do julgamento por fraude fiscal contra Lionel Messi , a promotoria reiterou nesta sexta-feira o pedido de absolvição do jogador, mas o advogado do fisco manteve as acusações, comparando o craque argentino a um "chefão de organização criminosa"
"Lionel Andrés Messi deve ser absolvido", afirmou a promotoria de Barcelona durante as conclusões do julgamento do craque do Barcelona e de seu pai Jorge Horacio, acusados de fraude de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol por meio de uma rede de empresas offshore.
A Promotoria aceita a versão de Messi, que na quinta-feira declarou ao tribunal que se "dedicava a jogar futebol e não tinha ideia de nada".
"Não há nenhuma evidência de que alguém o explicasse algo", afirmou.
O craque foi isento, mas a acusação contra o pai foi mantida, assim como o pedido de um ano e meio de prisão.
"Se isto aconteceu foi porque ele, Jorge Messi, aceitou", afirmou o promotor, que definiu o pai do atleta como "o alter ego de Messi na gestão econômica".
'Não existe ignorância deliberada'
Messi e seu pai, Jorge Horacio, são acusados de uma evasão de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol entre 2007 e 2009, com a utilização de uma série de empresas no Reino Unido, Suíça, Belize e Uruguai para receber os direitos de imagem, evitando assim o pagamento de impostos.
Durante estes anos, Messi assinou contratos de patrocínio com marcas como Adidas, Konami, Pepsi ou Danone em nome de uma empresa no Uruguai, Jenbril, que pertencia 100% a ele e à qual cedeu a gestão de seus direitos. O jogador afirmou desconhecer tudo isto.
O emaranhado de empresas foi elaborado por um escritório de advocacia de Barcelona que prestava assessoria à família na área fiscal e que mantinha contato apenas com seu pai.
"O senhor Jorge Messi não pode evitar sua responsabilidade culpando os assessores", disse o promotor.
Ao contrário da promotoria, o advogado do Estado, Mario Maza, considera que era "impossível que o jogador não fosse informado".
"Aqui não existe ignorância deliberada. Aqui há dolo e ponto final, porque ele não queria pagar seus impostos", acusou Maza.
"Ele é como o chefão de uma organização criminosa. Está acima de tudo e não quer saber de nada sobre quem executa as tarefas", completou.
A defesa pede a absolvição de ambos, mas o advogado do Estado reclama penas para ambos, por entender que Messi era consciente e se beneficiou do esquema.
Ele pede uma multa equivalente ao valor da fraude e 22 meses de prisão, que não seriam cumpridos pela ausência de antecedentes.
A audiência foi suspensa e o veredito final deve ser anunciado nas próximos dias ou semanas.
O jogador, que foi ouvido no tribunal na quinta-feira, desembarcou nesta sexta-feira nos Estados Unidos, onde disputará a Copa América de Centenário com a seleção argentina.
Além dos problemas com o fisco, o cinco vezes melhor do mundo enfrenta um problema de lesão, depois de sofrer uma pancada na coluna na última sexta-feira, em amistoso contra o Honduras (vitória por 1 a 0).
No último dia do julgamento por fraude fiscal contra Lionel Messi , a promotoria reiterou nesta sexta-feira o pedido de absolvição do jogador, mas o advogado do fisco manteve as acusações, comparando o craque argentino a um "chefão de organização criminosa"
"Lionel Andrés Messi deve ser absolvido", afirmou a promotoria de Barcelona durante as conclusões do julgamento do craque do Barcelona e de seu pai Jorge Horacio, acusados de fraude de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol por meio de uma rede de empresas offshore.
A Promotoria aceita a versão de Messi, que na quinta-feira declarou ao tribunal que se "dedicava a jogar futebol e não tinha ideia de nada".
"Não há nenhuma evidência de que alguém o explicasse algo", afirmou.
O craque foi isento, mas a acusação contra o pai foi mantida, assim como o pedido de um ano e meio de prisão.
"Se isto aconteceu foi porque ele, Jorge Messi, aceitou", afirmou o promotor, que definiu o pai do atleta como "o alter ego de Messi na gestão econômica".
'Não existe ignorância deliberada'
Messi e seu pai, Jorge Horacio, são acusados de uma evasão de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol entre 2007 e 2009, com a utilização de uma série de empresas no Reino Unido, Suíça, Belize e Uruguai para receber os direitos de imagem, evitando assim o pagamento de impostos.
Durante estes anos, Messi assinou contratos de patrocínio com marcas como Adidas, Konami, Pepsi ou Danone em nome de uma empresa no Uruguai, Jenbril, que pertencia 100% a ele e à qual cedeu a gestão de seus direitos. O jogador afirmou desconhecer tudo isto.
O emaranhado de empresas foi elaborado por um escritório de advocacia de Barcelona que prestava assessoria à família na área fiscal e que mantinha contato apenas com seu pai.
"O senhor Jorge Messi não pode evitar sua responsabilidade culpando os assessores", disse o promotor.
Ao contrário da promotoria, o advogado do Estado, Mario Maza, considera que era "impossível que o jogador não fosse informado".
"Aqui não existe ignorância deliberada. Aqui há dolo e ponto final, porque ele não queria pagar seus impostos", acusou Maza.
"Ele é como o chefão de uma organização criminosa. Está acima de tudo e não quer saber de nada sobre quem executa as tarefas", completou.
A defesa pede a absolvição de ambos, mas o advogado do Estado reclama penas para ambos, por entender que Messi era consciente e se beneficiou do esquema.
Ele pede uma multa equivalente ao valor da fraude e 22 meses de prisão, que não seriam cumpridos pela ausência de antecedentes.
A audiência foi suspensa e o veredito final deve ser anunciado nas próximos dias ou semanas.
O jogador, que foi ouvido no tribunal na quinta-feira, desembarcou nesta sexta-feira nos Estados Unidos, onde disputará a Copa América de Centenário com a seleção argentina.
Além dos problemas com o fisco, o cinco vezes melhor do mundo enfrenta um problema de lesão, depois de sofrer uma pancada na coluna na última sexta-feira, em amistoso contra o Honduras (vitória por 1 a 0).