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Promotoria francesa acusa Le Pen por apropriação indébita

A acusação se deve ao fato de Le Pen ter empregado sua chefe de gabinete com fundos que a Eurocâmara disponibiliza para assistentes parlamentares

Marine Le Pen: a acusação foi anunciada pelo advogado da política (Charles Platiau/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de junho de 2017 às 11h48.

Última atualização em 30 de junho de 2017 às 13h10.

Paris - A Promotoria francesa acusou nesta sexta-feira a líder ultradireitista da Frenta Nacional (FN) Marine Le Pen de apropriação indevida por ter empregado uma pessoa dentro de seu partido com fundos públicos do Parlamento Europeu, anunciou o advogado da política.

A acusação se deve ao emprego que Le Pen, eurodeputada desde 2004, atribuíu à chefe de gabinete, Catherine Griset, com fundos que a Eurocâmara proporciona para contratar assistentes parlamentares, apontaram os meios de comunicação franceses.

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A Promotoria estima que Griset, que já tinha sido acusada em fevereiro, não desempenhou as funções para as quais tinha sido contratada no Parlamento Europeu, pois trabalhava para a FN na sua sede de Nanterre.

O mesmo aconteceu com Thierry Légier, quem a líder da FN contratou com dinheiro europeu para que exercesse a função de seu guarda-costas pessoal.

Le Pen, que acaba de ser eleita deputada na Assembleia Nacional francesa e que terminou como a segunda candidata mais votada nas recentes eleições presidenciais, não respondeu às perguntas dos investigadores e se limitou a ler uma declaração escrita, indicou o canal televisivo "BFMTV".

A líder da FN se apresentou perante as autoridades apesar de estar protegida pela imunidade parlamentar, após ter se negado a prestar depoimento quando foi convocada em fevereiro durante a campanha presidencial por considerar que esse momento era inadequado.

Le Pen, de 48 anos, integra o grupo de 17 parlamentares europeus da FN que estão sob investigação judicial pelo uso fraudulento de fundos públicos dentro do partido.

Segundo contas do Parlamento Europeu, a Frente Nacional fraudou potencialmente cerca de 5 milhões de euros entre 2012 e 2015 ao remunerar com dinheiro público destinado ao trabalho da Eurocâmara funcionários que na realidade desempenharam tarefas do partido na França.

O advogado de Le Pen, no entanto, adiantou que na segunda-feira apresentaria um recurso contra a acusação da sua cliente.

Além da FN, outro partido francês, o centrista MoDem, aliado do presidente francês, Emmanuel Macron, também está sob investigação por práticas semelhantes às da formação liderada por Le Pen.

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