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Proibir viagens contra Ebola é irracional, diz Cruz Vermelha

Fechamento das fronteiras não vai efetivamente reduzir as infecções por Ebola, disse nesta quarta-feira o chefe da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy

Ebola: atual surto da febre hemorrágica altamente contagiosa, que se acredita tenha origem em morcegos da floresta, é o pior já registrado (U.S. Customs and Border Protection/Josh Denmark/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 07h45.

Pequim - O fechamento das fronteiras não vai efetivamente reduzir as infecções por Ebola , disse nesta quarta-feira o chefe da Cruz Vermelha , Elhadj As Sy, em meio ao debate sobre se a proibição de viagem aos países africanos mais atingidos ajudaria a combater a propagação do vírus mortal.

O atual surto da febre hemorrágica altamente contagiosa, que se acredita tenha origem em morcegos da floresta, é o pior já registrado, tendo matado mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Os viajantes da região infectaram pessoas nos Estados Unidos, na Espanha e na Nigéria, o que levou alguns líderes, incluindo alguns congressistas norte-americanos, a pedirem a proibição de viagens à África Ocidental.

O secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy, disse que tais restrições não fariam sentido. "Ele (Ebola) cria muito medo e pânico extremo que, por vezes, levam a tipos muito irracionais de comportamentos e medidas, como o fechamento das fronteiras, o cancelamento de vôos, isolamento de países etc", declarou Sy a repórteres em Pequim, onde a Federação, a maior rede humanitária do mundo, está realizando um encontro.

"Isso não é solução. A única solução é como podemos unir nossos esforços para conter esse tipo de vírus e epidemias em seu epicentro, exatamente onde começaram." Sy disse acreditar ser possível conter a doença em quatro a seis meses, se foram implementadas práticas adequadas, mas que um investimento adicional em infraestrutura de saúde na África Ocidental seria necessário para evitar futuros surtos.

Sy se junta líderes mundiais, incluindo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em expressar oposição contra tais restrições de viagem. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que até agora não recomendou restrições de viagem ou comerciais nos países da África Ocidental, vem alertando para a possibilidade de 5.000 a 10.000 novos casos de Ebola, no total, a cada semana até dezembro.

Especialistas em saúde alertam que as restrições excessivas sobre as viagens aéreas podem ter consequências econômicas graves que poderiam desestabilizar a região e, possivelmente, interromper os serviços essenciais humanitários e de saúde essenciais.

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Pequim - O fechamento das fronteiras não vai efetivamente reduzir as infecções por Ebola , disse nesta quarta-feira o chefe da Cruz Vermelha , Elhadj As Sy, em meio ao debate sobre se a proibição de viagem aos países africanos mais atingidos ajudaria a combater a propagação do vírus mortal.

O atual surto da febre hemorrágica altamente contagiosa, que se acredita tenha origem em morcegos da floresta, é o pior já registrado, tendo matado mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Os viajantes da região infectaram pessoas nos Estados Unidos, na Espanha e na Nigéria, o que levou alguns líderes, incluindo alguns congressistas norte-americanos, a pedirem a proibição de viagens à África Ocidental.

O secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy, disse que tais restrições não fariam sentido. "Ele (Ebola) cria muito medo e pânico extremo que, por vezes, levam a tipos muito irracionais de comportamentos e medidas, como o fechamento das fronteiras, o cancelamento de vôos, isolamento de países etc", declarou Sy a repórteres em Pequim, onde a Federação, a maior rede humanitária do mundo, está realizando um encontro.

"Isso não é solução. A única solução é como podemos unir nossos esforços para conter esse tipo de vírus e epidemias em seu epicentro, exatamente onde começaram." Sy disse acreditar ser possível conter a doença em quatro a seis meses, se foram implementadas práticas adequadas, mas que um investimento adicional em infraestrutura de saúde na África Ocidental seria necessário para evitar futuros surtos.

Sy se junta líderes mundiais, incluindo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em expressar oposição contra tais restrições de viagem. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que até agora não recomendou restrições de viagem ou comerciais nos países da África Ocidental, vem alertando para a possibilidade de 5.000 a 10.000 novos casos de Ebola, no total, a cada semana até dezembro.

Especialistas em saúde alertam que as restrições excessivas sobre as viagens aéreas podem ter consequências econômicas graves que poderiam desestabilizar a região e, possivelmente, interromper os serviços essenciais humanitários e de saúde essenciais.

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