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Governo boliviano ordena prisão de Morales

Segundo um documento oficial, o governo interino do país apresentou denúncia por supostos crimes de sedição e terrorismo

Ex-presidente boliviano, Evo Morales (Maxim Shemetov/AFP)

Ex-presidente boliviano, Evo Morales (Maxim Shemetov/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 15h52.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 16h25.

A Procuradoria boliviana ordenou nesta quarta-feira a apreensão do ex-presidente Evo Morales, que se encontra na Argentina, por uma denúncia apresentada pelo atual governo interino do país por supostos crimes de sedição e terrorismo, segundo um documento oficial.

A determinação assinada pelos procuradores de La Paz Jhimmy Almanza e Richard Villaca ordena a procuradores, policiais e/ou funcionários públicos que "apreendam e conduzam o senhor Juan Evo Morales Ayma, aos escritórios da Procuradoria".

O anúncio foi feito pelo ministro do interior da Bolívia, Arturo Murillo, que em novembro apresentou denuncia de terrorismo contra o ex-presidente. Áudios foram apresentados com supostas instruções de Moralles para que seus apoiadores bloqueassem as estradas do país, impedindo a distribuição de alimentos e combustíveis.

Após a renuncia de Morales, a senadora de oposição Jeanine Áñez assumiu o cargo. Protestos violentos se espalharam no país contabilizando ao menos 30 mortes, já que Áñez permitiu através de um decreto que forças de segurança cometessem abusos contra manifestantes. 

Para Evo Morales, sua renúncia foi forçada, acreditando que uma ditadura está se instaurando na Bolívia.

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