Procuradora pede indenização de US$ 61 mi a Toledo e acusados
A procuradora detalhou que o pedido engloba Barata, além de Toledo e seu amigo Maiman, que supostamente recebeu como "laranja" o dinheiro
EFE
Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 19h35.
Lima A procuradora Katherine Ampuero cobrou nesta sexta-feira o pagamento de 200 milhões de sóis (US$ 61 milhões) de indenização ao ex-presidente do Peru , Alejandro Toledo, e ao ex-diretor da Odebrecht Jorge Barata, entre outros envolvidos, pelo escândalo de propinas da empresa no país sul-americano.
Em audiência, a procuradora detalhou que o pedido engloba Barata - que admitiu ter pagado US$ 20 milhões em propina ao ex-mandatário -, além do próprio Toledo e seu amigo Josef Maiman, empresário que supostamente recebeu como "laranja" o dinheiro em contas no exterior.
A procuradora também cobrou indenização do ex-vice-ministro de Comunicações do segundo mandato do ex-presidente Alan García, Jorge Cuba, e sua esposa, Jessica Tejada, além dos ex-funcionários Edwin Luyo, Miguel Navarro e Mariella Hortas.
Jorge Cuba e os outros processados - todos detidos, com exceção de Hortas - são acusados de terem recebido uma propina de US$ 2 milhões para facilitarem que a Odebrecht ganhasse a licitação para a construção da Linha 1 do metrô de Lima.
"O dano extrapatrimonial contra o Estado, a sua imagem e a institucionalidade do país é incalculável", afirmou a procuradora do caso.
Na quinta-feira, o ex-presidente García disse que saber que Jorge Cuba e outros receberam dinheiro durante seu governo foi "uma facada nas costas".
A Odebrecht declarou ter pagado US$ 29 milhões em propinas no Peru entre 2005 e 2014 para ganhar licitações em obras de infraestrutura em um período que envolve os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).