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Procurador-geral promete acabar com "ilegalidade" migratória

Sessions, um republicano conhecido por suas posturas contra imigrantes, fez seu juramento como secretário da Justiça dos EUA

Sessions: "O senhor (Trump) disse algo no que eu acredito e que acho que o povo americano compartilha: que precisamos de um sistema legal de imigração, que se ajuste aos interesses do povo dos Estados Unidos" (Kevin Lamarque/Reuters)

Sessions: "O senhor (Trump) disse algo no que eu acredito e que acho que o povo americano compartilha: que precisamos de um sistema legal de imigração, que se ajuste aos interesses do povo dos Estados Unidos" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 17h52.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2017 às 17h52.

Washington - O ex-senador Jeff Sessions assumiu seu cargo nesta quinta-feira como procurador-geral dos Estados Unidos com a promessa de combater o "auge do crime" no país e a "ilegalidade" migratória, ao assegurar que atuar contra os que chegam ao país sem documentos não é "imoral" nem "indecente".

Sessions, um republicano conhecido por suas posturas contra imigrantes, fez seu juramento como secretário da Justiça dos EUA horas depois que o Senado lhe confirmou para o posto após um longo e tenso debate que terminou com 52 votos a favor e 47 contra.

"O senhor (Trump) disse algo no que eu acredito e que acho que o povo americano compartilha: que precisamos de um sistema legal de imigração, que se ajuste aos interesses do povo dos Estados Unidos", declarou Sessions em sua cerimônia de posse, realizada no Salão Oval com a presença de Trump.

"Isso não está errado. Isso não é imoral. Isso não é indecente. Admitimos mais de um milhão de pessoas ao ano no país legalmente, e temos que acabar com esta ilegalidade que ameaça a segurança pública e rebaixa os salários dos trabalhadores americanos", acrescentou o novo procurador-geral.

Sessions não mencionou especificamente as medidas tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para endurecer a luta contra a imigração ilegal nem seu veto à entrada ao país dos refugiados e dos cidadãos de sete países de maioria muçulmana, que é agora objeto de litígio nos tribunais do país.

No Senado, Sessions foi uma das vozes mais beligerantes contra os projetos de reforma migratória que o Congresso debateu em 2007 e 2013, e chamou de "anistia" o alívio à deportação que o ex-presidente Barack Obama concedeu a alguns jovens imigrantes ilegais, conhecido como o programa Daca.

Durante a cerimônia de hoje, Sessions também opinou que o auge na atividade criminal nos EUA não é "uma incidência passageira".

"Minha opinião, após estar envolvido em temas de justiça criminal durante muitos anos, é que esta é uma tendência perigosa e permanente, que põe em risco a saúde e a segurança do povo americano", ressaltou.

A taxa de crimes violentos e o índice de assassinatos aumentaram nos EUA em 2015, o último ano do qual se tem dados, mas Trump exagerou esse número ao assegurar esta semana que a taxa de assassinatos é "a maior em 47 anos", uma informação falsa a julgar pelas estatísticas do FBI.

Durante a cerimônia de hoje, Trump elogiou Sessions e afirmou que será um "grande protetor do povo" como procurador-geral graças a sua "absoluta firmeza" em defesa de suas posturas.

"Está melhor preparado para isso que ninguém mais. O nível de respeito que tem em todo este país como antigo procurador, sem mencionar seu serviço como senador americano, é absolutamente incrível", comentou Trump.

O presidente americano se pronunciou assim apesar da polêmica em torno da nomeação de Sessions, que foi acusado de racismo por boa parte da oposição democrata e várias organizações de direitos civis do país.

O assento que Sessions deixou livre no Senado será ocupado por outro republicano, o até agora procurador-geral do Alabama, Luther Strange, segundo anunciou hoje o governador desse estado sulista, o conservador Robert Bentley.

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