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Procurador-geral de Alepo anuncia deserção

Ahmed al Nuaimi gravou um vídeo onde acusa o regime de criminoso e anuncia a sua adesão ao Conselho de Justiça da Síria livre

Soldados do Exército Livre da Síria durante uma troca de tiros com as forças leais ao presidente Bashar al-Assad (Muzaffar Salman/Reuters)

Soldados do Exército Livre da Síria durante uma troca de tiros com as forças leais ao presidente Bashar al-Assad (Muzaffar Salman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 08h57.

Cairo - O procurador-geral de Alepo, Ahmed al Nuaimi, anunciou sua deserção através de um vídeo divulgado na internet, enquanto os confrontos continuaram intensos nesta quinta-feira em uma área próxima ao aeroporto da cidade, a capital econômica da Síria.

"Anúncio minha deserção deste regime criminoso e minha adesão ao Conselho de Justiça da Síria livre pelos massacres ferozes que o regime cometeu contra nosso povo inocente", afirmou Al Nuaimi na gravação.

O juiz dissidente solicitou, além disso, à Justiça internacional que emita um ordem de detenção contra o presidente Bashar al Assad por "cometer crimes contra a humanidade entre a população síria".

Desta forma, Al Nuaimi se une à crescente lista de altos cargos e responsáveis do regime sírio que desertaram desde o início da rebelião em março de 2011.

Ontem, o chefe da Polícia Militar síria, o general Abdelaziz al Shalal, também anunciou sua adesão às fileiras dos revolucionários. Neste caso, a deserção chama a atenção por partir de um dos oficiais das Forças Armadas de mais alta categoria.

"Intensos confrontos foram registrados nesta manhã em Alepo, em específico, em uma região próxima ao aeroporto internacional da cidade", afirmou à Agência Efe o porta-voz da brigada Umma al Deraa, que pertence ao Exército Livre Sírio (ELS), Abdela Asani.

A fonte assinalou que aviões Mig (de fabricação russa) do regime bombardeiam as proximidades das instalações aeroportuárias.

A violência voltou a se intensificar na Síria em meio a paralisia dos esforços mediadores, que não conseguiram pôr fim ao conflito que começou em março de 2011 e que desencadeou uma guerra civil.

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