Procurador especial intima Bannon a depor por ingerência russa
Segundo jornal, a decisão foi tomada na semana passada e representa a 1ªvez em que Mueller intima um integrante do círculo mais próximo de Trump
EFE
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 15h43.
Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 16h21.
Washington - O ex-estrategista-chefe da Casa Branca Stephen Bannon foi intimado pelo promotor especial Robert Mueller para depor diante de um grande júri na investigação sobre possíveis vínculos entre a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , e o governo da Rússia.
Segundo o jornal "The New York Times", que obteve informação com uma fonte com conhecimento do processo, esta é a primeira vez que Mueller convocou para depor diante de um grande júri uma pessoa do círculo mais próximo do presidente americano.
Consultada pela Agência Efe, o escritório do promotor especial não quis fazer comentários sobre a convocação. Nos últimos meses, Mueller começou a intimar várias pessoas que trabalharam com Trump.
Bannon foi ouvido nesta terça-feira por membros do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, que também investiga a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e os vínculos entre a campanha de Trump e o Kremlin. A reunião foi de portas fechadas.
Mueller intimou Bannon depois da publicação do polêmico livro "Fire and Fury: Inside Trump White House", no qual o ex-estrategista-chefe considerava como "traição" uma reunião entre o filho mais velho do presidente, Donald Trump Jr., e uma advogada russa para obter informações comprometedoras sobre Hillary Clinton.
As declarações e a polêmica provocada pelo livro forçaram a saída de Bannon da diretoria do "Breitbart News", site ultraconservador comandado por ele antes de entrar para a campanha de Trump.
Nas últimas semanas, a imprensa americana especula a possibilidade de Mueller ouvir o próprio presidente.