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Problemas adiam distribuição legal de maconha no Uruguai

A venda direta "tem dificuldades práticas", afirmou Mujica, acrescentando ser inevitável levar adiante o processo lentamente "se quisermos fazer as coisas bem"

O presidente uruguaio José Mujica é visto em 9 de julho de 2014, em sua residência, nos arredores de Montevidéu (©afp.com / DANIEL CASELLI)

O presidente uruguaio José Mujica é visto em 9 de julho de 2014, em sua residência, nos arredores de Montevidéu (©afp.com / DANIEL CASELLI)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 17h20.

Montevidéu - A distribuição de maconha em farmácias, legalizada em dezembro de 2013 no Uruguai, começará no ano que vem pois implementá-la apresenta problemas de ordem prática, disse nesta quarta-feira o presidente José Mujica em entrevista à AFP.

A venda direta de maconha aos consumidores "vai para o ano que vem, tem dificuldades práticas", afirmou o presidente, acrescentando ser inevitável levar adiante o processo lentamente "se quisermos fazer as coisas bem".

"Se quisermos fazer tudo de qualquer jeito, é moleza. Assim como os Estados Unidos estão fazendo", afirmou.

"Se quisermos apressá-lo e o fazemos mal, arrumamos problemas. Para nós, não é tirar a responsabilidade de nós e que o mercado se ajeite. O mercado, se deixarmos, vai tentar vender a maior quantidade possível" de maconha.

A lei que regulamentou o mercado da maconha no Uruguai, aprovada em dezembro passado, deixou nas mãos do Estado a tarefa de controlar toda a cadeia produtiva, da importação de sementes à venda da substância nas farmácias.

Só maiores de 18 anos inscritos em um registro e residentes no Uruguai poderão comprar até 10 gramas semanais de maconha (até o teto de 40 gramas mensais) ao preço de 20 a 22 pesos por grama (US$ 0,9 dólar).

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