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Pró-russos esperam formalizar trégua nesta semana com Kiev

Separatistas se mostraram convencidos de que a reunião vai acontecer nesta semana, embora a data ainda não esteja definida


	Conflito na Ucrânia: insurgentes desejam negociar o gradual levantamento do bloqueio econômico imposto às zonas rebeldes por Kiev
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Conflito na Ucrânia: insurgentes desejam negociar o gradual levantamento do bloqueio econômico imposto às zonas rebeldes por Kiev (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 09h31.

Moscou - O Kremlin e os separatistas do leste da Ucrânia expressaram nesta segunda-feira sua confiança de que nesta semana serão retomadas as consultas com o governo ucraniano em Minsk, com mediação da OSCE, para assinatura de uma nova trégua.

"Confirmamos nossa disposição de realizar a reunião do Grupo de Contato (Ucrânia, separatistas, Rússia e a OSCE) nos próximos dias. Estamos fazendo todo o possível", disse o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov.

Os separatistas se mostraram convencidos de que a reunião vai acontecer nesta semana, embora a data ainda não esteja definida pois Kiev propõe 9 de dezembro (terça-feira) e os líderes rebeldes de Donetsk querem realizar o encontro dia 12 de dezembro (sexta-feira).

"As negociações segundo o formato de Minsk terão lugar nesta semana assim que Kiev confirmar a agenda, o que está sendo abordado neste momento", afirmou Denis Pushilin, negociador da autoproclamada república popular de Donetsk.

Pushilin explicou que os insurgentes querem discutir na capital bielorrussa assuntos como uma nova trégua, a retirada da artilharia e das plataformas de lançamento de mísseis e a troca de prisioneiros de guerra por listas pactuadas.

Além disso, desejam negociar o gradual levantamento do bloqueio econômico imposto às zonas rebeldes por Kiev, a entrada em vigor das leis que concedem três anos de autonomia aos separatistas e a anistia aos milicianos.

O dirigente rebelde acusa Kiev de "não formular posições claras" sobre o bloqueio econômico -em alusão à decisão de Kiev de suspender os serviços bancários e retirar a administração pública da região- e estas leis.

"Pode ser que eles queiram evitar decisões concretas para sufocar economicamente as repúblicas populares e assim fugir do necessário diálogo político com nossos povos. Podem esperar sentados. Insistiremos para que Kiev responda com clareza a nossas perguntas", comentou.

Na semana passada, Ucrânia e os separatistas chegaram a um acordo para uma nova trégua a partir de 9 de dezembro, embora o modelo do cessar-fogo não tenha sido feito.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, determinou que os ministros da Defesa e Interior, os serviços de segurança e a Guarda Nacional tomem as medidas necessárias para garantir o fim das hostilidades na zona de conflito.

Além disso, as forças governamentais e as milícias separatistas acertaram uma trégua no aeroporto de Donetsk, epicentro dos mais sangrentos combates há semanas, mas ambas as partes se acusam desde então de violá-la.

O comando militar ucraniano reconheceu que mais de 400 soldados perderam a vida em combates com as milícias pró-Rússia desde o cessar-fogo declarado em 5 de setembro em Minsk.

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