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Príncipe William fará visita histórica a Israel e Palestina

Viagem é apresentada como carente de mensagem política, mas ocorre em um contexto tenso.

Príncipe William (Foto/Getty Images)
A

AFP

Publicado em 24 de junho de 2018 às 10h24.

O príncipe William será o primeiro membro da família real britânica a realizar uma visita oficial a Israel e aos Territórios Palestinos na próxima semana, uma viagem apresentada como carente de mensagem política, mas que ocorre em um contexto tenso.

Outros membros da família, como os duques de Gloucester ou de Kent, primos da rainha, viajaram a Israel no passado, mas ninguém do nível do William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico. Nenhum deles também realizou uma visita oficial aos Territórios Palestinos.

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A duquesa Catherine de Cambridge não participará na visita, que acontece dois meses depois do nascimento de seu terceiro filho.

A decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel continua gerando mal-estar entre os palestinos.

O príncipe de 36 anos chega nesta segunda-feira no aeroporto internacional de Tel Aviv vindo da Jordânia. Depois irá à Cisjordânia e a Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade que Israel anexou e que os palestinos reivindicam como capital do Estado ao qual aspiram.

Neste contexto de tensão, os britânicos destacam que o príncipe não é uma personalidade política. Mas as visitas oficiais reais são organizadas a pedido do governo.

E há israelenses que denunciam o fato de que o programa oficial mencione uma visita a Jerusalém Oriental e a situa nos "Territórios Palestinos ocupados".

"Jerusalém unificada é a capital de Israel há mais de 3.000 anos", afirmou no Twitter o ministro israelense encarregado dos Assuntos de de Jerusalém, Zeev Elkin. "E nenhuma distorsão no informe entregue [pelosbritânicos] por uma ou outra visita mudará essa realidade".

A comunidade internacional considera Jerusalém Oriental como território palestino ocupado.

Israel esperava uma visita deste nível há vários anos, declarou à AFP AFP Dror Zeigerman, ex-embaixador israelense em Londres. "Pedimos em várias ocasiões uma visita do príncipe Charles ou da rainha e sempre nos foi negado".

"Não sei por que mudaram de opinião, mas já era hora", completou.

O príncipe se hosperá no Hotel King David de Jerusalém, o antigo quartel-generla da administração britânica durante seu mandato na Palestina, antes da criação do Estado de Israel, em 1948.

Na terça depositará uma coroa de flores no Memorial do Holocausto, antes de se reunir em separado com o premiê israelense Benjamin Netanyahu e o presidente Reuven Rivlin.

Na quarta, se encontrará com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada e visitar os refugiados e jovens palestinos.

Sua visita concluirá na quinta, quando subirá o Monte das Oliveiras, em Jerusalém Oriental.

 

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