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Príncipe Felipe tenta recuperar monarquia espanhola

Príncipe vai assumir o lugar do seu pai, o rei Juan Carlos, numa saudação a oficiais militares no desfile do dia nacional da Espanha

Princesa Letícia e seu marico, o Príncipe Real Felipe, durante um evento beneficente da Cruz Vermelha na Espanha, em Madri (Susana Vera/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 20h18.

Madri - O príncipe Felipe vai assumir o lugar do seu pai, o rei Juan Carlos, numa saudação a oficiais militares no desfile do dia nacional da Espanha , no sábado, em meio à expectativa de que ele possa em breve ascender ao trono.

O rei está se recuperando de uma cirurgia de quadril, sua quinta operação em dois anos, e faltará pela primeira vez ao desfile da Festa Nacional da Espanha.

Fontes palacianas dizem que ele não tem a intenção de abdicar, mas há uma crescente pressão popular, à medida que sua saúde e sua imagem se deterioram.

O herdeiro Felipe, de 45 anos, terá a dura tarefa de recuperar a admiração dos espanhóis, que estão cada vez mais insatisfeitos com a monarquia e com os políticos por causa da crise econômica, dos escândalos de corrupção e da crescente disparidade entre ricos e pobres.

Mas seu estilo discreto pode fazer dele o homem perfeito para que a Casa de Borbón volte a cair nas graças do povo. Simpático, porém mais discreto do que seu jovial pai, o príncipe não foi maculado pelo escândalo que atingiu sua irmã, a infanta Cristina, nem foi implicado em gafes como o safári feito pelo rei na África no ano passado, no auge da crise econômica.

"O rei está há meses fora de ação, e enquanto isso o príncipe cumprirá todas as atividades protocolares que o rei normalmente cumpre. O príncipe se tornará cada vez mais visível", disse um historiador da realeza que pediu anonimato.

O rei Juan Carlos passou décadas sendo uma figura enormemente popular, especialmente depois de ter controlado pessoalmente uma tentativa de golpe de Estado em 1981, tornando-se assim um dos garantes da redemocratização espanhola após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.

Mas as gerações mais jovens têm menos admiração pela monarquia, segundo o consultor político Rafa Rubio. "Praticamente qualquer um de qualquer coloração política que tenha visto a monarquia em prática na Espanha a apoia, mas essas pessoas estão ficando velhas e sendo substituídas por gente mais jovem, que não a entende." Ainda em 1997, a monarquia era a mais popular instituição da Espanha. Uma pesquisa feita em maio mostrou que ela havia caído para sexto lugar.

Sua popularidade foi fortemente abalada por um escândalo em que Iñaki Urdangarin, genro do rei, foi indiciado por se apropriar indevidamente de 6 milhões de euros de verbas públicas. A investigação judicial ainda está em andamento, e pode implicar a infanta Cristina, mulher dele.

Em abril de 2012, o rei quebrou o quadril caçando na África, num momento em que a Espanha cogitava recorrer a um socorro financeiro internacional. O caso motivou indignação nacional, e o constrangimento se agravou quando foi revelado que o rei estava acompanhado de outra mulher que não a rainha Sofia. Depois disso, Juan Carlos fez um inédito pedido de desculpas.

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Madri - O príncipe Felipe vai assumir o lugar do seu pai, o rei Juan Carlos, numa saudação a oficiais militares no desfile do dia nacional da Espanha , no sábado, em meio à expectativa de que ele possa em breve ascender ao trono.

O rei está se recuperando de uma cirurgia de quadril, sua quinta operação em dois anos, e faltará pela primeira vez ao desfile da Festa Nacional da Espanha.

Fontes palacianas dizem que ele não tem a intenção de abdicar, mas há uma crescente pressão popular, à medida que sua saúde e sua imagem se deterioram.

O herdeiro Felipe, de 45 anos, terá a dura tarefa de recuperar a admiração dos espanhóis, que estão cada vez mais insatisfeitos com a monarquia e com os políticos por causa da crise econômica, dos escândalos de corrupção e da crescente disparidade entre ricos e pobres.

Mas seu estilo discreto pode fazer dele o homem perfeito para que a Casa de Borbón volte a cair nas graças do povo. Simpático, porém mais discreto do que seu jovial pai, o príncipe não foi maculado pelo escândalo que atingiu sua irmã, a infanta Cristina, nem foi implicado em gafes como o safári feito pelo rei na África no ano passado, no auge da crise econômica.

"O rei está há meses fora de ação, e enquanto isso o príncipe cumprirá todas as atividades protocolares que o rei normalmente cumpre. O príncipe se tornará cada vez mais visível", disse um historiador da realeza que pediu anonimato.

O rei Juan Carlos passou décadas sendo uma figura enormemente popular, especialmente depois de ter controlado pessoalmente uma tentativa de golpe de Estado em 1981, tornando-se assim um dos garantes da redemocratização espanhola após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.

Mas as gerações mais jovens têm menos admiração pela monarquia, segundo o consultor político Rafa Rubio. "Praticamente qualquer um de qualquer coloração política que tenha visto a monarquia em prática na Espanha a apoia, mas essas pessoas estão ficando velhas e sendo substituídas por gente mais jovem, que não a entende." Ainda em 1997, a monarquia era a mais popular instituição da Espanha. Uma pesquisa feita em maio mostrou que ela havia caído para sexto lugar.

Sua popularidade foi fortemente abalada por um escândalo em que Iñaki Urdangarin, genro do rei, foi indiciado por se apropriar indevidamente de 6 milhões de euros de verbas públicas. A investigação judicial ainda está em andamento, e pode implicar a infanta Cristina, mulher dele.

Em abril de 2012, o rei quebrou o quadril caçando na África, num momento em que a Espanha cogitava recorrer a um socorro financeiro internacional. O caso motivou indignação nacional, e o constrangimento se agravou quando foi revelado que o rei estava acompanhado de outra mulher que não a rainha Sofia. Depois disso, Juan Carlos fez um inédito pedido de desculpas.

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