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Primeiro-ministro da Malásia renuncia após governo de 17 meses

O primeiro-ministro, de 74 anos, tentou permanecer no poder na sexta-feira ao propor, sem sucesso, que a oposição o apoiasse em troca de várias reformas

O primeiro-ministro Muhyiddin Yassin, em transmissão nacional na rede de televisão. (Samsul Said/Getty Images)
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AFP

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 09h29.

Última atualização em 16 de agosto de 2021 às 11h34.

O primeiro-ministro da Malásia , Muhyiddin Yassin, renunciou nesta segunda-feira (16) e seu governo chegou ao fim depois de passar apenas 17 meses no poder, o que abre um período de instabilidade política no país, em plena luta contra a pandemia de covid-19 .

"O governo apresentou sua renúncia ao rei", afirmou o ministro da Ciência, Khairy Jamaluddin, em sua conta no Instagram.
O palácio nacional confirmou que o monarca, o sultão Abdullah Sultan Ahmad Shah - que designa formalmente o primeiro-ministro - aceitou a renúncia de Muhyiddin.

O primeiro-ministro chegou ao poder sem eleições em março 2020 e liderava um governo de coalizão, em substituição ao Executivo de Mahathir Mohamad, peso pesado da política local.

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Muhyiddin Yassin adiou a organização de eleições durante meses e impôs um estado de emergência motivado pela pandemia.

O primeiro-ministro, de 74 anos, tentou permanecer no poder na sexta-feira ao propor, sem sucesso, que a oposição o apoiasse em troca de várias reformas.

Após o fracasso de sua tentativa, ele participou nesta segunda-feira no último conselho de ministros e seguiu para o palácio, onde apresentou sua renúncia.

No momento não há um sucessor claro para o cargo, o que pode levar o país, que já registrou batalhas políticas violentas, a um cenário de instabilidade.

A Malásia, com 32 milhões de habitantes, também passa por um momento difícil do ponto de vista sanitário. As autoridades não conseguem conter os contágios por covid-19.

Os novos casos passam de milhares por dia e a economia sofreu o duro impacto dos confinamentos e das restrições em vigor pela pandemia. De acordo com o balanço oficial, o país registra até o momento 1,1 milhão de contágios e 12.000 mortes provocadas pelo coronavírus.

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