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Primeiro-ministro da Itália renuncia, aprofundando crise política no país

Aprofundamento da crise política acontece em meio à pandemia de coronavírus, que matou mais de 85 mil italianos — o segundo maior número de mortos da Europa

Primeiro ministro italiano Giuseppe Conte (Ciro de Luca/Reuters)

Primeiro ministro italiano Giuseppe Conte (Ciro de Luca/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 08h26.

Última atualização em 26 de janeiro de 2021 às 09h09.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, entregou sua carta de renúncia ao chefe de Estado do país nesta terça-feira, na esperança de receber a oportunidade de tentar e colocar de pé uma nova coalizão para reconstruir sua maioria parlamentar.

O aprofundamento da crise política acontece em meio à pandemia de coronavírus, que matou mais de 85 mil italianos -- o segundo maior número de mortos da Europa, atrás somente do Reino Unido, e o sexto do mundo.

Conte perdeu a maioria absoluta que tinha no Senado na semana passada quando um parceiro minoritário da coalizão, o partido Itália Viva, liderado pelo ex-premiê Matteo Renzi, saiu da coalizão por causa da maneira que o governo lida com a pandemia e da recessão econômica.

Os esforços para atrair senadores de centro e independentes para as fileiras da coalizão para preencher o espaço deixado por Renzi tiveram pouco sucesso, deixando Conte sem opção a não ser renunciar e abrir formalmente uma crise de governo que lhe dará mais tempo para tentar chegar a um acordo.

Conte convocou uma reunião de gabinete para esta terça e anunciou seus planos de renunciar. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, deve aceitar a renúncia e fazer consultas rápidas com líderes partidários para auferir a temperatura política.

Se ele achar que Conte pode conseguir o apoio necessário para montar um novo governo, ele lhe dará alguns dias para tentar finalizar um acordo e formar um novo gabinete.

No entanto, se ele fracassar, Mattarella terá de encontrar um candidato alternativo que seja capaz de reunir uma coalizão funcional. Se tudo isso não funcionar, ele terá de convocar eleições dois anos antes do previsto.

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