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Pressionar China sobre iuane não funcionará, diz Amorim

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem acusado o país asiático de não fazer o suficiente para valorizar o iuane

Amorim acrescentou que um dólar mais fraco é parte do problema e sugeriu que a coordenação política é o caminho certo

Amorim acrescentou que um dólar mais fraco é parte do problema e sugeriu que a coordenação política é o caminho certo

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 20h56.

Nova York - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rechaçou na terça-feira pedidos dos Estados Unidos para um aumento na pressão internacional a favor da valorização do iuane, ao dizer que tal estratégia não funcionará.

"Acho que essa questão de pressão não funciona. Acho que essa ideia de colocar pressão sobre um país não me parece que seja o caminho para soluções", disse Amorim à Reuters após se reunir com colegas das nações do Bric, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

Amorim acrescentou que um dólar mais fraco é parte do problema e sugeriu que a coordenação política é o caminho certo para lidar com as questões cambiais.

"Nós temos uma boa coordenação com a China e temos conversado com a China. Não podemos nos esquecer de que hoje ela é o nosso principal cliente", completou.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem acusado o país asiático de não fazer o suficiente para valorizar o iuan, dando aos manufatureiros chineses uma vantagem injusta no comércio global.

O secretário de Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse na semana passada que vai conclamar as forças globais para pressionar a China por reformas cambiais e comerciais na próxima reunião do G20 na Coreia do Sul, em novembro.

A China reagiu fortemente ao discurso mais duro, dizendo que a apreciação do iuan não pode resolver o déficit comercial norte-americano. O movimento ocorre antes das eleições para o Congresso dos Estados Unidos, em novembro

O iuane subiu ante o dólar na terça-feira pelo nono dia seguido --maior série de ganhos desde julho de 2005.

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