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Pressão militar da Rússia sobre Ucrânia vai durar décadas

Poroshenko elogiou as forças ucranianas por combater o que ele chamou de uma "ofensiva russa" no conflito separatista


	Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: elogiou as forças ucranianas por combater o que ele chamou de uma "ofensiva russa" no conflito separatista
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: elogiou as forças ucranianas por combater o que ele chamou de uma "ofensiva russa" no conflito separatista (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2015 às 11h18.

KIEV - A pressão militar da Rússia e dos separatistas apoiados por Moscou sobre a Ucrânia deve durar décadas, e as gerações futuras terão de passar por treinamento militar, disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, no sábado.

Poroshenko fez uma das previsões mais pessimistas sobre as perspectivas de paz em seu país, dias antes de se encontrar com líderes da Alemanha e da França em Berlim, para uma cúpula que ele organizou para exortá-los a pressionar a Rússia a respeitar um plano de paz de seis meses, comprometido por violações do cessar-fogo e bombardeios.

Discursando em uma reunião militar na região Kharkiv em que ele entregou novas armas e equipamentos para o Exército, Poroshenko elogiou as forças ucranianas por combater o que ele chamou de uma "ofensiva russa" no conflito separatista que eclodiu na região de Donbass oriental em abril 2014.

Mas ele apontou a possibilidade de uma "grande escalada" da ação militar de separatistas apoiados pela Rússia em torno do Dia da Independência da Ucrânia, que cai na segunda-feira.

"A ameaça militar do leste é uma realidade tangível para as próximas décadas. Esta ameaça não vai desaparecer em um futuro próximo e todas as gerações de ucranianos devem ter experiência no Exército", disse.

Mais de 6.500 pessoas - soldados ucranianos, civis e forças rebeldes - foram mortas no conflito. Rebeldes pró-Rússia pegaram em armas no leste depois que a Rússia anexou a Crimea em março de 2014, em resposta à derrubada de um presidente pró-Moscou em Kiev, por protestos de rua.

Kiev e governos ocidentais, que impuseram sanções à Rússia, dizem que há evidência irrefutável do envolvimento russo na resistência separatista. Moscou nega que esteja fornecendo homens ou armas.

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