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Preso, suspeito de massacre na Nova Zelândia previa continuar ataques

Tarrant, algemado e vestindo uma roupa branca de prisão, permaneceu em silêncio no Tribunal da Comarca de Christchurch

Serviço médico de emergência leva,m pessoa ferida após ataque a mesquita na Nova Zelândia. 15 de março de 2019 TVNZ/via REUTERS TV (TVNZ/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de março de 2019 às 17h15.

CHRISTCHURCH/WELLINGTON, Nova Zelândia - O australiano Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos, um suspeito supremacista branco, foi acusado de assassinato neste sábado, depois que 49 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em disparos em massa em duas mesquitas na Nova Zelândia.

Tarrant, algemado e vestindo uma roupa branca de prisão, permaneceu em silêncio no Tribunal da Comarca de Christchurch. Ele deve voltar ao tribunal em 5 de abril, e a polícia disse que provavelmente enfrentará mais acusações.

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O ataque de sexta-feira, que a primeira-ministra Jacinda Ardern rotulou de terrorismo, foi o pior assassinato em massa em tempos de paz na Nova Zelândia , e o país elevou o alerta de ameaça à segurança ao mais alto nível.

Imagens do ataque a uma das mesquitas foram transmitidas ao vivo no Facebook, e um "manifesto" denunciando imigrantes como "invasores" foi enviado para políticos e meios de comunicação e postado on-line através de links em mídias sociais.

O vídeo mostra um homem dirigindo para a mesquita Al Noor e, depois, atirando aleatoriamente em pessoas com um rifle semi-automático. Adoradores, possivelmente mortos ou feridos, estavam deitados no chão, mostrou o vídeo.

Em um determinado momento, o atirador retorna ao seu carro, muda de arma, entra de novo na mesquita e novamente começa a atirar.

Quarenta e uma pessoas foram mortas na mesquita Al Noor.

A polícia disse que o suspeito levou sete minutos para viajar até a segunda mesquita no subúrbio de Linwood, onde sete pessoas foram mortas. Nenhuma imagem surgiu de lá.

Tarrant foi preso em um carro, que segundo a polícia estava carregando dispositivos explosivos improvisados, 36 minutos depois de ser chamada pela primeira vez.

"O atirador tinha mobilidade, havia outras duas armas de fogo no veículo em que o agressor estava, e era absolutamente sua intenção continuar com o ataque", disse Ardern a repórteres em Christchurch neste sábado.

O gabinete de Ardern disse que o suspeito enviou o "manifesto" por e-mail à primeira-ministra, ao líder da oposição, ao porta-voz do parlamento e a cerca de 70 meios de comunicação poucos minutos antes do ataque.

Um porta-voz disse que o e-mail não descreveu o incidente específico e que não havia "nada no conteúdo ou no tempo que pudesse impedir o ataque".

A equipe visitante de críquete de Bangladesh estava chegando para orações em uma das mesquitas quando o tiroteio começou, mas todos os membros estão em segurança, disse um técnico da equipe à Reuters.

Duas outras pessoas estavam sob custódia, e a polícia disse estar procurando entender se estavam envolvidos de alguma forma.

Nenhum dos detidos tinha antecedentes criminais ou estava em listas de observação na Nova Zelândia ou na Austrália.

Ardern disse que Tarrant era um armador licenciado que supostamente usou cinco armas, incluindo duas semi-automáticas e duas espingardas, que foram modificadas.

A Nova Zelândia tentou no passado apertar as leis de armas de fogo, mas um forte lobby e a cultura da caça frustraram esses esforços. Estima-se que existam 1,5 milhão de armas de fogo na Nova Zelândia, que tem uma população de apenas 5 milhões de pessoas, mas o país apresenta baixos níveis de violência armada.

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