O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak: a porta do diálogo está aberta (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 05h16.
Seul - O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse nesta segunda-feira, em discurso transmitido à nação por ocasião do Ano Novo, que a porta para conversas de paz com a Coreia do Norte segue aberta, mas que Pyongyang deve demonstrar sua disposição em dialogar.
"Quero lembrar à Coreia do Norte que o caminho rumo à paz ainda está aberto. A porta do diálogo está aberta", indicou Lee, em discurso repleto de menções ao regime de Pyongyang, cujas relações com Seul passam por um de seus piores momentos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53).
Lee afirmou que a Coreia do Norte deve ter "seriedade" e demonstrar com atitudes suas intenções de aproximação, indicando que Seul tem a intenção de melhorar "drasticamente" a cooperação econômica com o país vizinho.
O presidente sul-coreano solicitou que os membros da comunidade internacional implicados no problema norte-coreano desempenhem um papel "justo e responsável", em alusão aos participantes das conversas de seis lados para a desnuclearização do regime de Kim Jong-il (além das duas Coreias, EUA, China, Japão e Rússia".
Em pouco mais de 20 minutos de discurso, Lee lembrou o ataque norte-coreano contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, em 23 de novembro, quando quatro pessoas acabaram mortas.
Para o presidente da Coreia do Sul, esta "provocação", em sua opinião equivalente ao 11 de Setembro, vai contra o compromisso de Seul pela paz e revelou a necessidade de uma mudança na política de segurança do país asiático.
Lee pediu uma maior aproximação com o povo norte-coreano para trabalhar por sua liberdade e prosperidade, ao tempo que exigiu que Pyongyang "renuncie à sua aventura nuclear e militar".
Nos assuntos internos, Lee recordou em seu discurso a fortaleza da economia sul-coreana, que espera que cresça ao redor de 5% em 2011, e a importância em seguir buscando a melhora de seus setores mais importantes para que o país se transforme em uma potência mundial nos próximos dez anos.