Ambos falaram das suas visitas aos campos de refugiados em Bangladesh, onde sobrevivem quase um milhão de membros da comunidade rohingya (Peter Klaunzer/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de junho de 2018 às 11h41.
Genebra - O presidente da Suíça, Alain Berset, e o papa Francisco falaram hoje dos diferentes conflitos no Oriente Próximo, da necessidade de uma política de apoio de refugiados e do destino de minorias religiosas no mundo, como os rohingyas muçulmanos de Mianmar.
Ambos se reuniram nesta quinta-feira por pouco mais de 20 minutos em uma sala VIP do aeroporto de Genebra, logo depois de o pontífice chegar à Suíça.
Nesse encontro, segundo um comunicado do Governo suíço, Berset e Francisco se centraram na "busca de soluções de paz nas zonas de conflito no Oriente Médio e sobre a situação de certas minorias religiosas, entre outras em Mianmar".
Ambos falaram das suas visitas aos campos de refugiados em Bangladesh, onde sobrevivem quase um milhão de membros da comunidade rohingya, minoria muçulmana perseguida em Mianmar.
Além disso, durante essa reunião bilateral, trataram sobre a "necessidade de criar uma política europeia comum e solidária para os refugiados", segundo o comunicado.
Segundo a agência de notícias suíça, "ATS", o papa Francisco pediu a Berset que ajude a destravar os conflitos no mundo, especialmente no Oriente Médio, ao que Berset respondeu que a Suíça faz o que pode, mas que "sozinhos" não pode conseguir muito.
Por sua vez, Berset enfatizou o papel da Suíça no multilateralismo ao destacar o grande papel que Genebra exerce, sede da maioria das agências humanitárias da ONU e de centenas de reuniões internacionais.
O Papa Francisco passará hoje pouco mais de dez horas em Genebra em uma visita especialmente dedicada ao ecumenismo e à busca da unidade das igrejas cristãs.