Presidente iemenita assinará saída do poder, diz enviado da ONU
Acordo prevê a realização de eleições presidenciais em 90 dias e saída de Ali Abdullah Saleh do poder
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 12h12.
Sana - O enviado especial da Organização das Nações Unidas para o Iêmen, Jamal Benomar, disse em Sana que o presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, assinará nesta quarta-feira em Riad a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para a transferência do poder.
Em entrevista coletiva na capital iemenita, Benomar afirmou que Saleh assinará este pacto e seu protocolo de aplicação, apesar de ter retrocedido em ocasiões anteriores.
A televisão oficial iemenita já havia confirmado que Saleh estaria presente na assinatura do plano, mas não precisou se ele iria de fato assinar e se este ato aconteceria ainda nesta quarta-feira.
Benomar explicou que o pacto outorga ao vice-presidente do país, Abd al-Rab Mansur al-Hadi, 'todas as competências necessárias para aplicar a iniciativa do CCG e organizar eleições presidenciais antecipadas no prazo de 90 dias desde a assinatura do documento'.
De acordo com o enviado da ONU, depois destes três meses começa 'uma etapa de transição de dois anos na qual será formado um Governo de união nacional'.
Também nesse período será organizado 'um congresso de diálogo nacional integral que garantirá uma participação ampla para traçar o futuro do Iêmen'.
A iniciativa do CCG, integrado por Arábia Saudita, Omã, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, foi elaborada no final de abril para resolver a crise no Iêmen, que desde 27 de janeiro é cenário de protestos contra Saleh.
Ao longo do dia, devem chegar à capital saudita representantes da oposição e do partido governante.
Antes de deixar Sana, Benomar disse que a ONU continuará observando a situação para assegurar que todas as partes cumpram com suas obrigações e pediu a todos os signatários que respeitem seus compromissos.
Entre estes compromissos está o fim de todos os atos de violência a partir do meio-dia desta quarta-feira e a atuação 'com boa intenção para a aplicação de todos os artigos do pacto', acrescentou.
Além disso, Benomar afirmou que 'a comunidade internacional apoiará o processo político transitório e o Conselho de Segurança da ONU tomará os passos necessários contra qualquer obstáculo ao convênio'.
Apesar destes acordos, os choques entre as forças partidárias e opositoras a Saleh foram retomados nesta quarta e deixaram pelo menos um policial morto e outro ferido, de acordo com fontes de segurança.
Os enfrentamentos aconteceram entre as forças do Ministério do Interior e grupos armados tribais partidários do xeque Sadiq al-Ahmar, que desde maio mantém combates esporádicos com as tropas leais ao presidente.
No Iêmen, país mais pobre da península Arábica, as manifestações pacíficas contra Saleh se somaram há meses com enfrentamentos entre forças governamentais, milícias tribais e militares desertores. EFE
Sana - O enviado especial da Organização das Nações Unidas para o Iêmen, Jamal Benomar, disse em Sana que o presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, assinará nesta quarta-feira em Riad a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para a transferência do poder.
Em entrevista coletiva na capital iemenita, Benomar afirmou que Saleh assinará este pacto e seu protocolo de aplicação, apesar de ter retrocedido em ocasiões anteriores.
A televisão oficial iemenita já havia confirmado que Saleh estaria presente na assinatura do plano, mas não precisou se ele iria de fato assinar e se este ato aconteceria ainda nesta quarta-feira.
Benomar explicou que o pacto outorga ao vice-presidente do país, Abd al-Rab Mansur al-Hadi, 'todas as competências necessárias para aplicar a iniciativa do CCG e organizar eleições presidenciais antecipadas no prazo de 90 dias desde a assinatura do documento'.
De acordo com o enviado da ONU, depois destes três meses começa 'uma etapa de transição de dois anos na qual será formado um Governo de união nacional'.
Também nesse período será organizado 'um congresso de diálogo nacional integral que garantirá uma participação ampla para traçar o futuro do Iêmen'.
A iniciativa do CCG, integrado por Arábia Saudita, Omã, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, foi elaborada no final de abril para resolver a crise no Iêmen, que desde 27 de janeiro é cenário de protestos contra Saleh.
Ao longo do dia, devem chegar à capital saudita representantes da oposição e do partido governante.
Antes de deixar Sana, Benomar disse que a ONU continuará observando a situação para assegurar que todas as partes cumpram com suas obrigações e pediu a todos os signatários que respeitem seus compromissos.
Entre estes compromissos está o fim de todos os atos de violência a partir do meio-dia desta quarta-feira e a atuação 'com boa intenção para a aplicação de todos os artigos do pacto', acrescentou.
Além disso, Benomar afirmou que 'a comunidade internacional apoiará o processo político transitório e o Conselho de Segurança da ONU tomará os passos necessários contra qualquer obstáculo ao convênio'.
Apesar destes acordos, os choques entre as forças partidárias e opositoras a Saleh foram retomados nesta quarta e deixaram pelo menos um policial morto e outro ferido, de acordo com fontes de segurança.
Os enfrentamentos aconteceram entre as forças do Ministério do Interior e grupos armados tribais partidários do xeque Sadiq al-Ahmar, que desde maio mantém combates esporádicos com as tropas leais ao presidente.
No Iêmen, país mais pobre da península Arábica, as manifestações pacíficas contra Saleh se somaram há meses com enfrentamentos entre forças governamentais, milícias tribais e militares desertores. EFE