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Presidente do Iêmen rejeita proposta de acordo de paz

O acordo de paz proposto daria aos rebeldes xiitas, que tomaram a capital iemenita em 2014, uma participação no futuro governo

Iêmen: conflito no país já deixou mais de 10.000 mortos e feridos e deslocou quase 3 milhões de pessoas (Reuters)

Iêmen: conflito no país já deixou mais de 10.000 mortos e feridos e deslocou quase 3 milhões de pessoas (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de outubro de 2016 às 15h48.

Sanaa - O presidente exilado do Iêmen rejeitou um acordo de paz proposto pela ONU e destinado a acabar com conflito devastador do país, dizendo que ele "premiaria" os rebeldes.

O acordo de paz proposto daria aos rebeldes xiitas, que tomaram a capital iemenita em 2014 e forçaram o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi a deixar o país, uma participação no futuro governo. Ele também reduziria alguns dos poderes do presidente em troca da retirada dos rebeldes das grandes cidades.

Hadi fez as declarações durante uma visita do enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, na capital saudita, Riad, neste sábado.

"O povo iemenita condenou essas ideias e o chamado roteiro, na crença de que o acordo é uma porta de entrada para mais sofrimento e guerra", disse Hadi em um comunicado divulgado pela presidência. "As ideias apresentadas ... carregam as sementes de guerra", acrescentou. "Ela premia os líderes do golpe e pune o povo iemenita ao mesmo tempo."

A declaração informa que Hadi disse a Ahmed que a paz é alcançável apenas quando o "golpe rebelde" for revertido, com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que estipula que os rebeldes devem depor as armas e se retirar das cidades como pré condição para qualquer acordo de paz.

O conflito no Iêmen já deixou mais de 10 mil mortos e feridos e deslocou quase 3 milhões de pessoas. A nação mais pobre do mundo árabe já estava sofrendo com as altas taxas de desnutrição, e a guerra e um bloqueio imposto pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita aprofundou a turbulência e a fome no país. Fonte: Associated Press

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