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Presidente do COI descarta adiar Jogos de Inverno

Thomas Bach descartou a possibilidade de adiar ou cancelar o evento após ameaças de ataques

Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, fala com a imprensa junto com o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, fala com a imprensa junto com o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 17h57.

Rio de Janeiro - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, descartou a possibilidade de adiar ou cancelar a Olimpíada de Inverno, marcada para o mês que vem na cidade russa de Sochi, após o envio de cartas com ameaças de ataques durante os Jogos a comitês olímpicos de alguns países.

"A resposta para essa pergunta (cancelamento ou adiamento) é simples: não há risco", disse ele a jornalistas na sede do comitê organizador da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

Comitês olímpicos de pelo menos cinco países europeus receberam nesta quarta-feira cartas em russo fazendo uma "ameaça terrorista" antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, mas autoridades esportivas disseram que as mensagens não representavam perigo.

Apesar das garantias, as cartas para os comitês da Itália, Hungria, Alemanha, Eslovênia e Eslováquia causaram breve alarme e indicaram o nervosismo em relação à segurança do evento de 50 bilhões de dólares.

A segurança tornou-se uma das principais preocupações em torno da Olimpíada de Inverno, especialmente depois que atentados suicidas mataram pelo menos 34 pessoas no sul da Rússia no mês passado e que militantes islâmicos ameaçaram atacar os Jogos de Inverno.

"A segurança está sob controle e infelizmente isso acontece no mundo que vivemos hoje", disse o presidente do COI.

"Mas estamos confiantes e sabemos que as autoridades russas estão juntos de organizações internacionais fazendo de tudo para termos Jogos Olímpicos seguros", acrescentou Bach a jornalistas.

Mais cedo, o presidente do COI visitou o Maracanã e fez um sobrevoo pelo Rio de Janeiro, cidade que sediará a Olimpíada de 2016. Ele reconheceu o atraso nas obras do parque olímpicos de Deodoro, onde serão disputadas 11 modalidades, mas disse acreditar que a estrutura será entregue a tempo.

"Se você olha Deodoro, você vê que é necessário um grande esforço para concluir a tempo. A boa noticia é que todo mundo sabe disso; o comitê organizador e vários níveis de governo", avaliou.

Bach assumiu a presidência do COI no ano passado sob a expectativa de que poderia fazer mudanças nas disciplinas olímpicas.

Disciplinas são competições derivadas de modalidades que já estão no programa olímpico, como a classe Star da vela, que, especulou-se, poderia voltar aos Jogos em 2016. A inclusão de disciplinas é tida como mais simples do que a entrada de uma nova modalidade.

Os jogos de 2016 já terão novas modalidades no programa, como golfe e rugby, e Bach sinalizou que a inclusão de novas disciplinas é um possibilidade distante.

"O programa do Rio foi fechado no passado... temos pensado em iniciativas para ter mais flexibilidade do programa para dar aos comitês organizadores mais influência", declarou "Agora, dois anos e meio antes do inicio dos Jogos, diria que o tempo é muito apertado e um grande desafio." (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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