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Presidente do Chile faz mudanças em 8 ministérios

Piñera pretende melhorar gestão do governo, afetado pela perda de popularidade

Sebastián Piñera, presidente do Chile: "não é tempo de afrouxar o ritmo" (Sean Gallup/Getty Images)

Sebastián Piñera, presidente do Chile: "não é tempo de afrouxar o ritmo" (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 16h31.

Santiago - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, fez nesta segunda-feira mudanças em oito ministérios, mas na maioria dos casos apenas trocou os ministros de pastas, mantendo grande parte de sua equipe de colaboradores.

Com a medida, segundo analistas, Piñera busca melhorar a gestão de seu Governo, afetado por uma essencial perda de popularidade - conta com apenas 30% de aprovação, de acordo com pesquisas recentes.

"Os chilenos podem ficar orgulhosos do que juntos alcançamos. Após um dos terremotos mais fortes da história, o país está se levantando. Mas não é tempo de afrouxar o ritmo. A sociedade chilena nos lembra todos os dias que restam muitos desafios por conseguir", disse Piñera após o juramento dos novos ministros.

Em cerimônia realizada no Palácio de La Moneda, foram nomeados novos ministros nas pastas de Educação, Justiça, Secretaria-Geral de Governo (porta-voz), Planejamento, Mineração, Energia, Obras Públicas e Economia.

Contrariamente às conjeturas de alguns dirigentes e setores políticos, Piñera manteve em seu posto o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, que é considerado o mais fiel escudeiro do líder conservador.

Os novos membros do gabinete são os até agora senadores da governista União Democrata Independente (UDI) Pablo Longueira, nomeado em Economia em lugar de Juan Andrés Fontaine e Andrés Chadwick, designado na Secretaria-Geral de Governo (porta-voz), em lugar de Ena Von Baer.

De forma extraoficial se indicou que Longueira e Chadwick serão substituídos no Parlamento pelos cessados ministros Kast e Von Baer, que são do mesmo partido UDI.

O até hoje ministro da Educação, Joaquín Lavín, alvo há dois meses por maciças manifestações de estudantes universitários e secundários, foi substituído por Felipe Bulnes, até agora titular de Justiça, e passará a dirigir o ministro de Planejamento, enquanto no ministério da Justiça foi designado Teodoro Ribera Neumann.

Laurence Golborne, o ministro mais popular da equipe de Piñera, por seu papel no resgate dos 33 mineiros de Atacama no ano passado, e que exercia como titular de Mineração e Energia, deixou ambos cargos para assumir o ministério de Obras Públicas.

No Ministério de Mineração foi designado agora Hernán de Solminihac, até agora em Obras Públicas e o de Energia caiu nas mãos de Fernando Echeverría, até hoje intendente (governador) da região de Santiago.

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