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Presidente do Cazaquistão desde 1991, Nazarbayev renuncia ao cargo

Nursultan Nazarbayev foi o primeiro presidente de um Cazaquistão independente e em julho faria 30 anos no poder

Cazaquistão: Nazarbayev teve mais de 97% dos votos na eleição de 2015 (Shamil Zhumatov/Getty Images)

Cazaquistão: Nazarbayev teve mais de 97% dos votos na eleição de 2015 (Shamil Zhumatov/Getty Images)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2019 às 12h00.

Astana — O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, apresentou nesta terça-feira sua renúncia durante uma mensagem televisionada à nação.

"Tomei a decisão de encerrar o exercício de meus poderes como presidente", disse durante o discurso.

Desde seu escritório presidencial, Nazarbayev, cujo mandato terminaria em abril de 2020, lembrou que em julho completaria 30 anos no poder.

"Neste ano completarão 30 anos desde que ostento esse cargo. O povo me deu a oportunidade de ser o primeiro presidente de um Cazaquistão independente", comentou.

A partir de amanhã, o líder passará a exercer o cargo de chefe do Conselho de Segurança do país, um órgão consultivo, e a Presidência será assumida provisoriamente pelo dirigente do Senado, Kazim-Zhomart Tokayev.

"Segundo a legislação, em caso cessação das faculdades do presidente, suas obrigações serão assumidas pelo presidente do Senado. Depois haverá eleições", disse.

Nazarbayev, de 78 anos, chegou ao poder da república soviética do Cazaquistão em 1989 e, uma vez proclamada a independência em 1991, assumiu a Presidência do maior país da Ásia Central.

Foi reeleito unanimemente em várias ocasiões desde então, a última em 2015, quando obteve mais de 97% dos votos.

Em maio de 2010, Nazarbayev foi proclamado líder da nação com imunidade vitalícia, por isso que não pode ser detido e nem processado por atos cometidos em ativo ou uma vez que deixe o poder.

Nazarbayev, que também seguirá dirigindo o partido governista Nur Otan, é o líder mais respeitado de todo o espaço pós-soviético, já que transformou seu país em uma das locomotivas econômicas da região.

Ao mesmo tempo que manteve boas relações com o Kremlin, manteve uma estreita cooperação com os países ocidentais, muito interessados nos ingentes recursos energéticos do país banhado pelo Mar Cáspio, assim como com a China.

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