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Presidente do BM diz que nenhum país está livre de protestos

Jim Yong Kim negou que exista fragilização nos países emergentes e afirmou que manifestações sociais mostram o poder da sociedade civil

O presidente do BM, Jim Yong Kim: "nenhum país está livre desse tipo de movimentos de cidadãos, que se mobilizam para pedir mais", declarou (Nicholas Kamm/AFP)

O presidente do BM, Jim Yong Kim: "nenhum país está livre desse tipo de movimentos de cidadãos, que se mobilizam para pedir mais", declarou (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 13h57.

Washington - O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, afirmou, em entrevista exclusiva à AFP, que nenhum país está livre de manifestações sociais como as ocorridas no Brasil ou na Turquia, e negou que exista uma fragilização dos grandes países emergentes.

"Nenhum país está livre desse tipo de movimentos de cidadãos, que se mobilizam para pedir mais", declarou Kim, que assumiu como chefe da instituição há um ano.

"Isto mostra o poder da sociedade civil e o poder dos cidadãos de se levantarem, como se tem visto até agora", acrescentou.

"Vimos isso na Primavera Árabe e o estamos vendo na Turquia, inclusive em lugares onde os governos fizeram bem em levar em conta as necessidades dos mais pobres", explicou.

Segundo Kim, o Brasil definitivamente "fez muito para redistribuir os créditos do crescimento, mas ainda subsistem muitas desigualdades".

"O Brasil tem de refletir profundamente sobre o que fazer para iniciar uma nova etapa de crescimento econômico", aconselhou.

Por outro lado, Kim rejeitou a ideia de que os países emergentes estejam no final de um ciclo de expansão, depois de terem impulsionado o crescimento mundial, mesmo que a China tenha registrado indícios de uma desaceleração de sua economia.

"Haverá altos e baixos, mas é importante não reagir desproporcionalmente ante estas oscilações", explicou Kim.

O chefe do Banco Mundial também comentou o projeto de erradicar a pobreza extrema antes de 2030.

"Ainda existem 1,2 bilhão de pessoas que vivem com menos de 1,25 dólar por dia e isso é uma mancha em nossa consciência coletiva", lembrou.

"Esses objetivos nos colocam diante de um imperativo urgente que não enfrentamos ainda", concluiu.

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