Mundo

Presidente das Filipinas é acusado de homicídio, tortura e rapto

Homem que disse ter servido de matador para Rodrigo Duterte acusou o presidente de assassinato, sequestro e tortura

Rodrigo Duterte: denúncia não poderá ser investigada porque o presidente tem imunidade (Erik De Castro/Reuters)

Rodrigo Duterte: denúncia não poderá ser investigada porque o presidente tem imunidade (Erik De Castro/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 07h54.

Manila - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, foi acusado nesta sexta-feira de assassinato, sequestro e tortura perante o defensor público por um cidadão que disse ter servido de matador para o líder, quando ele governava a Prefeitura de Davao, no sul do país.

A denúncia contra o chefe de Governo não pode seguir em frente porque ele é protegido pela imunidade contra este tipo de denúncias.

O denunciante é Edgar Matobato, que em setembro declarou ao Senado que fez parte dos "esquadrões da morte" organizados por Duterte como prefeito de Davao para limpar a cidade dos bandidos.

Matobato disse que estes esquadrões foram responsáveis pela morte de "milhares" de pessoas desde que entrou nele, em 1988, até que os deixou, em 2013, segundo o jornal local "Phil Star".

Duterte governou Davao, que tem uma população de 1,5 milhão de habitantes, durante 22 anos, nos períodos de 1988-1998, 2001-2010 e 2013-2016.

A denúncia de Matobato também inclui Paolo Duterte, filho do presidente e vice-prefeito de Davao desde 2013, e outras 26 pessoas.

A presidência das Filipinas diminuiu a importância destas acusações e as qualificou de manobra política de "assédio" e "distração", em comunicado.

Os chamados "esquadrões da morte de Davao" foram investigados em várias ocasiões no passado, a última pelo Senado este ano, e nenhum dos processos acabou com uma condenação. EFE

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosFilipinas

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua