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Presidente da Ucrânia muda comando das Forças Armadas

Petro Poroshenk obteve a aprovação do Parlamento para reformular o comando das Forças Armadas

Militares ucranianos montam guarda na região de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 17h12.

Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, obteve a aprovação do Parlamento nesta quinta-feira para reformular o comando das Forças Armadas num momento em que os militares empreendem uma ofensiva contra separatistas pró-Rússia.

O Parlamento endossou a nomeação do general Valery Heletey, de 46 anos, para ministro da Defesa, depois que Poroshenko o descreveu como um homem "que vai trabalhar dia e noite para restaurar a capacidade militar de nossas Forças Armadas".

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Ele também nomeou o general Viktor Muzhenko, de 52 anos, um alto comandante da ofensiva militar contra os rebeldes, para o lugar de Mykhailo Kutsyn na chefia do Estado-Maior das Forças Armadas.

Poroshenko assumiu o poder no mês passado com o país em crise, já que duas regiões do leste pressionam pela separação da federação e união com a Rússia, seguindo o exemplo da Crimeia no começo do ano.

Depois de meses de tentativas infrutíferas de esmagar o levante, Poroshenko agora quer melhorar a eficácia do Exército ao mesmo tempo em que explora opções diplomáticas para encerrar a crise, a qual reviveu as tensões Leste-Oeste dos dias da Guerra Fria.

A reforma no comando militar se dá depois de Poroshenko ter rejeitado na noite de segunda-feira um novo cessar-fogo e ter decidido retomar uma ofensiva total contra os separatistas no leste da Ucrânia, região de língua russa onde os rebeldes estabeleceram "repúblicas populares" e anunciaram sua intenção de se unir à Rússia.

Em uma conversa por telefone com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Poroshenko repetiu nesta quinta-feira sua promessa de que o governo retomaria o cessar-fogo, mas sob três condições.

Segundo um comunicado na sua página na Internet, ele quer garantias de uma trégua "bilateral", a libertação de reféns e a presença de monitores internacionais para a verificação da porosa fronteira russo-ucraniana.

A Rússia nega as acusações da Ucrânia de que está permitindo que combatentes e armas atravessem para o leste do país.

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