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Presidente da Turquia diz que enviará tropas à Líbia

Apesar de o governante turco ter dito que recebera um convite da Líbia para as tropas, autoridades ouvidas pela Reuters não souberam precisar qual convite é

Erdogan: presidente turco deve ter sua proposta de envio de tropas à Líbia votada pelo Congresso nos dias 8 ou 9 de janeiro (Carlo Allegri/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de dezembro de 2019 às 15h02.

Ancara - O presidente turco, Tayyip Erdogan , disse nesta quinta-feira que a Turquia enviará tropas para a Líbia a convite do país até o próximo mês.

A Turquia assinou dois acordos separados há um mês com o governo da Líbia reconhecido internacionalmente de Fayez al-Serraj, um sobre segurança e cooperação militar e outro sobre fronteiras marítimas no leste do Mediterrâneo.

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O Governo de Acordo Nacional (GNA), de Serraj, vem liderando uma ofensiva que dura meses contra forças de Khalifa Haftar no leste da Líbia, que receberam apoio de Rússia, Egito e Emirados Árabes Unidos.

Era incerto a qual convite Erdogan estava se referindo, enquanto o ministro do Interior do governo baseado em Tripoli, Fathi Bashagha, sugeriu a repórteres que nenhum pedido oficial fora feito até o momento.

"Se a situação escalar e então tivermos o direito de defender Tripoli e seus habitantes... vamos submeter um pedido oficial ao governo turco para que nos apoie militarmente a fim de que expulsemos fantasmas de forças mercenárias", disse Bashagha nesta quinta-feira.

Forças de Haftar não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

 

"Como existe um convite (da Líbia) no momento, nós o aceitaremos", disse Erdogan em um discurso a membros de seu partido AK. "Vamos colocar o projeto de lei de envio de tropas para a Líbia na agenda assim que o Parlamento começar os trabalhos."

A legislação deve ser aprovada entre 8 e 9 de janeiro, acrescentou.

O governo russo manifestou preocupação com a possibilidade de um destacamento militar turco para a Líbia em apoio ao GNA, enquanto Erdogan disse na semana passada que a Turquia não ficará calada diante de mercenários apoiados pela Rússia que defendem Haftar.

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