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Presidente de Cuba diz que Bolsonaro tornou parte da população vulnerável

Sobre o programa "Mais Médicos", também revelou que não retornaram ao seu país 836 dos mais de 8 mil médicos cubanos

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Imagem de arquivo de médicos cubanos: presidente critica retirada dos profissionais (Fernando Medina/Reuters)

Imagem de arquivo de médicos cubanos: presidente critica retirada dos profissionais (Fernando Medina/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às, 06h59.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às, 07h03.

Havana - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, criticou na quinta-feira a posição "reacionária" do presidente eleito Jair Bolsonaro, e revelou que não retornaram aos seu país 836 dos mais de 8 mil médicos cubanos retirados do programa "Mais Médicos".

Díaz-Canel disse que quando no dia 14 novembro seu governo decidiu não seguir participando do "Mais Médicos", estavam no Brasil "8.471 colaboradores, 7.635 deles completaram sua missão, representando mais de 90% do total", e completou lembrando que "até o momento 836 médicos não retornaram".

Em seu discurso no ato central pelo final da participação dos cubanos no "Mais Médicos", Díaz-Canel afirmou que entre os médicos que atuaram no Brasil, alguns se casaram com cidadãos brasileiros e cumpriram "honrosamente sua missão e seu compromisso" com a saúde pública do país caribenho.

O presidente cubano ressaltou que o trabalho dos médicos da ilha em lugares de pobreza extrema, em comunidades carentes do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e nos 34 distritos especiais indígenas sobretudo na Amazônia, foi amplamente reconhecido pelos governos Federal, estaduais e municipais, assim como pela população brasileira.

Ele ainda ressaltou que os cinco anos de trabalho no programa criado pela ex-presidente Dilma Rousseff, cerca de 20 mil colaboradores cubanos atenderam mais de 113,350 milhões de pacientes em aproximadamente 3,6 mil municípios e que os cubanos constituíam 80% de todos os médicos participantes.

Além disso, o presidente manifestou que após o regresso dos médicos cubanos, algumas regiões do Brasil ficaram sem os serviços, mas afirmou que Cuba "não tinha outra opção" que a retirada do programa "Mais Médicos".

"Era impossível ficar de braços cruzados diante de um governo soberbo e insensível, incapaz de entender que nossos médicos vieram para o país movidos pelo impulso de servir ao povo, cuidar de sua saúde e de sua alma, não negociar com eles", disse.

Nesse sentido, Díaz-Canel afirmou que a "posição reacionária" de Jair Bolsonaro, "tornou vulnerável uma parte de sua população, arriscando a coisa mais preciosa que todo ser humano tem, sua saúde e sua vida".

Bolsonaro, que tomará posse no próximo dia 1º de janeiro, é um duro crítico do governo cubano e dos acordos assinados pelos governos do PT, que na sua opinião favoreciam e financiavam uma "ditadura comunista".

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