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Premiê turco sinaliza abertura para diálogo com curdos

O conflito tem custado caro à Turquia desde que os militantes pegaram em armas em 1984

Soldados turcos observam reduto dos rebeldes curdos: soldados turcos apoiados por helicópteros mataram 13 combatentes do PKK nesta quinta-feira (AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 16h02.

Istambul - O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, sinalizou que novas conversas com militantes curdos podem ser possíveis, num momento em que seu governo enfrenta um aumento da violência separatista no sudeste do país.

O conflito tem custado caro à Turquia desde que os militantes pegaram em armas em 1984, tanto em termos humanos quanto econômicos, e há uma crescente pressão pública sobre Erdogan para pôr fim ao derramamento de sangue, diante do aumento no número de mortos.

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Funcionários de inteligência turcos tiveram contato com figuras importantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) nos últimos anos para tentar acabar com um conflito que já custou mais de 40 mil vidas, mas as discussões foram interrompidas.

"Em relação a Imrali, pode haver mais negociações", disse Erdogan em uma entrevista televisionada à emissora Kanal 7 na noite de quarta-feira, referindo-se à pequena ilha onde o líder do PKK, Abdullah Ocalan, está cumprindo uma sentença de prisão perpétua.

"Há uma dimensão militar para isso, uma dimensão de segurança que é separada e vai continuar. Mas, além disso, há uma dimensão diplomática, sócio-econômica e psicológica".

Erdogan falou depois que o principal partido pró-curdo da Turquia pediu a retomada das negociações entre o Estado e o PKK para evitar uma nova escalada de violência.

Confrontos nos últimos meses entre as forças armadas da Turquia e militantes do PKK --considerado uma organização terrorista pela Turquia, os Estados Unidos e a União Europeia-- estão entre os mais pesados desde que o conflito começou.

Soldados turcos apoiados por helicópteros mataram 13 combatentes do PKK nesta quinta-feira durante confrontos em Cukurca, perto da fronteira montanhosa do Iraque, disseram fontes de segurança. Dois soldados foram mortos e três ficaram feridos nos combates.

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