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Premiê turco ameaça processar Times por publicação de carta

Tayyip Erdogan ameaçou processar jornal inglês pela publicação de uma carta aberta de um grupo de celebridades, acadêmicos e outras pessoas criticando o premiê


	Primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan: Sean Penn, Susan Sarandon e Ben Kingsley foram algumas das celebridades que assinaram a carta contra o primeiro-ministro
 (REUTERS/Stoyan Nenov)

Primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan: Sean Penn, Susan Sarandon e Ben Kingsley foram algumas das celebridades que assinaram a carta contra o primeiro-ministro (REUTERS/Stoyan Nenov)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 19h24.

Istambil - O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, ameaçou nesta sexta-feira processar o jornal Times, de Londres, pela publicação de uma carta aberta de um grupo de celebridades, acadêmicos e outras pessoas criticando o premiê pela resposta dada aos protestos contra o governo.

Sean Penn, Susan Sarandon e Ben Kingsley foram algumas das celebridades que assinaram a carta, que acusou nesta semana o governo Erdogan de ser um "regime ditatorial" e de ter causado a morte de cinco manifestantes em confrontos com a polícia.

"A imprensa quer jogar lama para ver se pega. O Times está alugando suas próprias páginas por dinheiro", disse Erdogan a repórteres, em comentários transmitidos ao vivo pela emissora NTV. "Esta é a queda do Times. Vamos buscar os canais legais com relação ao Times." Manifestantes exigiram a renúncia de Erdogan durante os maiores protestos em décadas contra o governo, realizados a partir do fim de maio em Istambul, Ancara e outras grandes cidades.

Muitos acusaram Erdogan de ter adotado uma postura autoritária ou um maior conservadorismo religioso após seu partido AK, de raízes islâmicas, ter vencido as últimas três eleições, aumentando seu percentual de votos a cada votação.

Erdogan chamou os manifestantes de "saqueadores" e "terroristas" e acusou governos e meios de comunicação estrangeiros de alimentarem os distúrbios.

Erdogan disse que os signatários da carta, que foi publicada como um anúncio de página inteira no Times, tinham "alugado seus pensamentos" e não apoiam realmente a democracia.

"Se eles realmente acreditassem na democracia não poderiam ter mostrado uma tal falta de caráter ao chamar o líder de um partido que recebeu 50 por cento dos votos de um ditador", disse Erdogan.

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