Mundo

Premiê russo defende libertação de integrantes da Pussy Riot

Medvedev, que foi presidente durante quatro anos até maio, pareceu estar tentando se distanciar das condenações


	Dmitry Medvedev: premiê, entretanto, criticou as mulheres, afirmando que ele tinha "nojo do que elas fizeram"
 (Sean Gallup/Getty Images)

Dmitry Medvedev: premiê, entretanto, criticou as mulheres, afirmando que ele tinha "nojo do que elas fizeram" (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 16h30.

Moscou - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, disse na quarta-feira que acredita que as integrantes da banda punk Pussy Riot deveriam ser libertadas. Três integrantes do grupo foram condenadas a dois anos de prisão no mês passado por terem feito um protesto político em uma catedral de Moscou.

Medvedev, que foi presidente durante quatro anos até maio, pareceu estar tentando se distanciar das condenações, que foram criticadas pelo Ocidente e por grupos de direitos humanos e liberais russos.

Quando presidente, Medvedev se dizia um reformista liberal. Embora tenha passado o cargo de volta a Vladimir Putin, ele deixou claro que quer permanecer na política e talvez até voltar à Presidência um dia.

As três integrantes -Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samutsevich- foram condenadas por vandalismo motivado por ódio religioso no dia 17 de agosto, depois de tocarem uma canção criticando Putin no altar da principal catedral de Moscou em fevereiro.

Elas estão na cadeia desde março e a apelação deve começar a ser ouvida no dia 1o de outubro.

"O prolongamento do encarceramento delas nas condições de prisão me parece improdutivo", disse Medvedev em comentários exibidos pela televisão. "Uma pena suspensa, levando em consideração o tempo em que já ficaram (na prisão), seria inteiramente suficiente", acrescentou ele.

Medvedev, entretanto, criticou as mulheres, afirmando que ele tinha "nojo do que elas fizeram, da aparência delas, da histeria que se seguiu ao que ocorreu".

Ele afirmou que a prisão é uma punição "muito, muito severa" como sentença.

Medvedev enfatizou que ele estava expressando apenas seu ponto de vista pessoal e não estava tentando influenciar o caso.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaPolítica no BrasilPrisõesProtestosRússia

Mais de Mundo

OMS confirma detecção do vírus da poliomielite no sul e no centro de Gaza

Europa está em alerta vermelho por intensa onda de calor com incêndios e invasões de gafanhotos

Apagão cibernético: Governos descartam suspeitas de ataques hacker e mantêm contatos com Microsoft

Apagão cibernético já gerou cancelamento de quase 1.400 mil voos pelo mundo; veja situação por país

Mais na Exame