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Premiê japonês minimiza tensões entre seu país e a China

O primeiro-ministro do Japão minimizou as tensões entre Japão e China ao afirmar que os dois países estão ligados


	Premiê japonês Shinzo Abe: China e Japão estão "indissoluvelmente ligados", disse
 (Toshifumi Kitamura/AFP/AFP)

Premiê japonês Shinzo Abe: China e Japão estão "indissoluvelmente ligados", disse (Toshifumi Kitamura/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 10h07.

Sydney - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, minimizou as tensões entre Japão e China ao afirmar que os dois países estão "indissoluvelmente ligados" e que "as portas estão abertas para o diálogo" com seu vizinho, segundo uma entrevista publicada nesta terça-feira pela imprensa australiana.

Abe, que está em visita oficial na Austrália, declarou em entrevista exclusiva ao jornal "The Australian" que é comum que países vizinhos tenham vários assuntos sem resolução.

"A China é um país importante que, junto com Japão e Austrália, deve ter um papel proeminente para garantir a paz e a prosperidade na região da Ásia-Pacífico. Tenho uma forte expectativa de que a China vai acatar as normas internacionais e terá um papel construtivo no que diz respeito aos assuntos regionais", afirmou Abe.

"Em concordância com o princípio de uma relação mutuamente benéfica e baseada em interesses estratégicos comuns, eu gostaria de desenvolver relações com a China", acrescentou o primeiro-ministro do Japão, que enfatizou que "as portas estão sempre abertas para o diálogo" e espera que "a China tenha o mesmo enfoque".

As relações entre Tóquio e Pequim se deterioraram na última década em parte pelos desacordos em torno de uma área disputada no Mar da China Oriental.

Pequim vem reivindicado há anos, cada vez com mais insistência, sua soberania sobre as ilhotas Senkaku (Diaoyu em chinês), que se encontram a cerca de 150 quilômetros ao nordeste de Taiwan e são administradas pelo Japão.

Além disso, a aprovação de uma histórica modificação da Constituição japonesa no dia 1º de julho, que autoriza o uso da força para a resolução de conflitos internacionais, causou mal-estar na China, na Coreia do Sul e em uma parte da sociedade civil japonesa.

A polêmica medida foi elogiada pelo governo australiano, liderado pelo conservador Tony Abbott, que em outubro disse que o Japão era o "melhor amigo" da Austrália na Ásia.

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