EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2010 às 11h40.
Viena - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, se comprometeu hoje a cumprir com os objetivos de déficit público estabelecidos pelo Governo anterior para os próximos dois anos, em uma tentativa de ganhar credibilidade nos mercado financeiros.
Durante uma reunião do Instituto Internacional de Finanças (IIF) em Viena, o primeiro-ministro afirmou perante a imprensa que fará "todo o possível" para que o déficit público não supere os 3,8% do PIB este ano e os 2,9% em 2011.
Essas são as metas estabelecidas pelo anterior, liderado pelo economista independente Gordon Bajnai, que perdeu o poder nas eleições parlamentares de abril.
"Nos comprometemos a fazer todo o possível para manter os objetivos de déficit. Em novembro vamos ver onde estamos", disse Orbán.
Os rumores sobre o suposto estado precário das contas públicas da Hungria, incluindo a possibilidade de uma quebra, causaram uma forte queda nas bolsas e no euro na semana passada.
Em discurso feito hoje perante centenas de banqueiros de todo o mundo, Orbán reiterou que os Governos anteriores de seu país "falsificaram dados" sobre as contas públicas.
No entanto, ele acrescentou que já conta com "algumas estimativas" sobre a verdadeira situação, mas não deu mais detalhes.
"Reagi o mais rápido possível, porque o tempo significa sobreviver", assegurou Orbán em referência a um exaustivo plano econômico apresentado na terça-feira, poucos dias após assumir o mandato.
O plano prevê a redução dos impostos para pequenas empresas, a introdução de uma taxa única de renda e um imposto aos bancos, com o qual o Governo deseja gerar 700 milhões de euros por ano.
Além disso, o Governo de Orbán, que conta com uma maioria de dois terços no Parlamento, pretende economizar mais de 400 milhões de euros em gastos público, reduzindo salários e o número de diretores nas empresas públicas, entre outras medidas.
O primeiro-ministro adiantou hoje que pretende apresentar em novembro um segundo "plano de ação" para reformar a economia de seu país, que no ano passado se contraiu 6,3% e que este ano deve registrar um crescimento inferior a 1%.