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Premiê espanhol usa turbulência na Grécia para captar votos

Rajoy afirmou que a luta grega para evitar o calote e a saída da zona do euro deve servir como alerta para a Espanha


	O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que a nação terá de escolher entre o crescimento econômico e problemas similares ao da Grécia
 (Lluis Gene/AFP)

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que a nação terá de escolher entre o crescimento econômico e problemas similares ao da Grécia (Lluis Gene/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2015 às 13h41.

Madri - O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, partiu neste sábado para a ofensiva contra os opositores de esquerda antes de importantes eleições no país, dizendo que a nação terá de escolher entre o crescimento econômico e problemas similares ao da Grécia, conforme seu partido caminha para o que promete ser uma das campanhas mais difíceis em décadas.   

Rajoy, cujo partido de centro-direita PP foi derrotado em recentes eleições locais, afirmou que a luta grega para evitar o calote e a saída da zona do euro deve servir como alerta para a Espanha, onde movimentos anti austeridade ganham corpo.   

"Você não precisa ir muito longe para ver o quão fácil é destruir uma recuperação", disse Rajoy em convenção de seu partido. "É essa a mudança oferecida pelos novos partidos de extrema esquerda na Espanha?"   

O PP, que impôs duras medidas de cortes de gastos nos últimos anos, considera-se a legenda que pode resguardar a recuperação econômica espanhola. As eleições gerais devem ocorrer em novembro.   

Mas dúvidas recaem sobre a estratégia do PP depois que de ter sido derrotado nas eleições locais de maio, quando os eleitores preferiram partidos novos como o Podemos, que é de esquerda e nos mesmos moldes do grego Syriza, e o Ciudadanos, mais aberto ao mercado financeiro.   

O alto índice de desempregados --ainda o segundo maior da Europa, depois da Grécia-- e o aumento das desigualdades deixaram muitos espanhóis céticos quanto à retomada do crescimento. Casos de corrupção também prejudicaram a imagem do PP.   

"O que acontece (na Grécia) hoje? Eles voltaram à recessão", argumentou Rajoy. "Tomara que neste fim de semana o governo grego finalmente chegue a um acordo com as instituições europeias, mas isso não vai reparar os danos que causou."   

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