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Premiê do Egito espera renúncia de Mubarak a qualquer momento

Segundo o secretário-geral do partido do presidente, Mubarak está "mais preocupado com a estabilidade do país"

Mubarak, presidente egípcio: protestos no país já chegaram ao 17º dia seguido (AFP/Reprodução)

Mubarak, presidente egípcio: protestos no país já chegaram ao 17º dia seguido (AFP/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 13h48.

Brasília - A renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, é discutida por líderes políticos do país, segundo o primeiro-ministro Ahmed Shafiq. Segundo ele, em breve será anunciada a decisão sobre a possível renúncia do presidente. Uma das propostas é que o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, assuma o comando do governo provisório. A expectativa é que Mubarak faça um pronunciamento à nação ainda hoje (10).

O secretário-geral do partido do presidente (Partido Nacional Democrático), Hossan Badrawi, afirmou que a discussão envolve diretamente Mubarak. “Nos dois últimos dias, pude falar diretamente com o presidente. Acredito que ele responderá aos pedidos dos manifestantes. Ele está mais preocupado com a estabilidade do país. Não liga mais para o seu posto.”

O Exército egípcio, que vem se mantendo neutro em meio aos protestos, comunicou em pronunciamento na TV que está pronto para "responder às demandas legítimas do povo". No 17º dia de protestos, as manifestações se ampliaram no Cairo para pedir a renúncia de Mubarak. Algumas categorias, como os responsáveis pelo setor de transportes e médicos, anunciaram greve.

Vestidos de branco, médicos desfilaram pela Praça Tahrir, onde se concentram os protestos no Cairo, ao lado de outros manifestantes. Um dos principais hospitais da cidade foi obrigado a fechar hoje, depois que 3 mil funcionários cruzarem os braços.

Numa indicação de que o apoio a Mubarak vem caindo dia a dia, o jornal pró-governo Al Ahram publicou hoje um suplemento em apoio aos protestos populares. Organizações de defesa dos direitos humanos acusam o governo de intensificar a repressão aos protestos, aumentando o número de detenções de ativistas de oposição.

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