Olaf Scholz apresenta moção de confiança para abrir caminho às eleições antecipadas (Sean Gallup/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 17h16.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, apresentou nesta quarta-feira, 11 de dezembro, uma moção de confiança perante o Parlamento, que será votada na próxima segunda-feira, 18 de dezembro. Com isso, ele visa abrir caminho para as eleições gerais antecipadas, que ocorrerão em 23 de fevereiro. O objetivo de Scholz é permitir uma transição democrática após a dissolução da coligação tripartite formada por liberais, verdes e sociais-democratas, ocorrida em 6 de novembro. Desde então, o governo de Scholz já não tem maioria no Parlamento, tornando a votação de confiança essencial para a continuidade do processo.
Após a votação, caso o Parlamento negue a confiança ao governo, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, terá 21 dias para dissolver a Câmara dos Deputados e convocar formalmente novas eleições. Esse calendário está em conformidade com o acordo político entre os principais partidos, que fixaram a data das novas eleições para 23 de fevereiro.
Em sua declaração, após apresentar a moção, Scholz pediu que os partidos democráticos trabalhassem para aprovar diversas medidas pendentes antes das eleições. [Grifar] Entre os pontos destacados por Scholz estão o aumento do abono por filho, a correção da “progressão fria” (para evitar perda de poder aquisitivo devido a aumentos salariais e inflação), além de uma lei para estabilizar os preços da energia. O chanceler ainda enfatizou a importância da extensão dos subsídios para passagens de trens locais.
“Essas medidas podem representar entre 80 e 100 euros por mês para uma família comum”, afirmou Scholz, lembrando que os recursos já estão disponíveis, sendo necessária apenas a aprovação da Câmara dos Deputados.
As propostas de Scholz são vistas como formas de mitigar as dificuldades financeiras de muitas famílias alemãs, além de evitar que a população sofra com aumentos imprevistos nos custos de vida. A expectativa é que as medidas ajudem a diminuir a pressão fiscal sobre os cidadãos e permitam que eles desfrutem de benefícios que ainda não foram aprovados, mas que estavam planejados.
Porém, o principal obstáculo para a implementação dessas ações depende da aprovação legislativa, algo que ainda está pendente e que deverá ser tratado pelo Parlamento até a convocação das novas eleições.
O futuro político da Alemanha depende, portanto, da votação da moção de confiança e da capacidade de Scholz e seus aliados em aprovar as medidas necessárias para garantir o bem-estar social até que as eleições gerais ocorram.