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Ex-premiê britânico define plano de Cameron como idealismo

Atual premiê tem planos de renegociar os laços do Reino Unido com a União Europeia

Nick Clegg: natureza das críticas de Clegg à estratégia política de Cameron para a UE deve alimentar tensões entre a coalizão britânica (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 11h03.

Londres - Os planos do primeiro-ministro David Cameron de renegociar os laços do Reino Unido com a União Europeia são otimistas demais e devem resultar apenas em pequenas concessões que não ajudarão em nada nos esforços de união de seu partido, o Conservador, disse seu parceiro de coalizão nesta sexta-feira.

Em um discurso na Thomson Reuters em Londres, Nick Clegg, vice-primeiro-ministro do Reino Unido, lançou uma de suas críticas mais ferrenhas até o momento à política de Cameron para a Europa e revelou suas ideias para reforma e os argumentos para a permanência da Grã-Bretanha dentro do bloco de 28 países.

"David Cameron começou com grandes planos para a retomada de poderes (que hoje são da UE), e então mudou de terreno. Nada disso tem algo a ver com as questões reais - a necessidade de uma UE mais competitiva - trata-se apenas de gerenciar divisões internas do partido Conservador", afirmou Clegg.

Se o Reino Unido votar pela saída da UE em um referendo que Cameron está propondo para 2017, corre o risco de ser menos relevante no cenário mundial e também de ter problemas econômicos, alertou.

"Você corre o risco de ver menos investimento, maior ,e acredito que haveria de modo mais amplo um senso de volatilidade macroeconômica que pode levar a maiores taxas de juros", afirmou, quando questionado sobre o que o Reino Unido enfrentaria fora da UE.

"Eu veria cada vez mais futuros presidentes norte-americanos voando sobre Londres e seguindo diretamente para Berlin, sem se importar de fazer visitas regulares a Londres porque simplesmente a cidade não seria mais tão relevante para nossos parceiros norte-americano".

A dura natureza das críticas de Clegg à estratégia política de Cameron para a UE deve alimentar tensões entre a coalizão britânica, formada pelos dois partidos, antes das eleições europeias neste mês. O partido de Clegg, dos Liberais Democratas, é um parceiro minoritário dos Conservadores, e pesquisas sugerem que ficaria em quarto lugar.

O Partido de Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), que faz campanha para a saída da UE, deve ficar à frente de ambos os partidos, disputando a liderança com os Trabalhistas, de oposição.

Cameron prometeu tentar renegociar as relações do Reino Unido com a UE e reconquistar uma gama de poderes para o país caso seja reeleito no ano que vem, para então dar aos britânicos um referendo sobre a permanência dentro do bloco europeu, em 2017.

Clegg, cujo partido é definido como a principal força pró-UE no Reino Unido, disse que essa estratégia "nunca daria certo".

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Londres - Os planos do primeiro-ministro David Cameron de renegociar os laços do Reino Unido com a União Europeia são otimistas demais e devem resultar apenas em pequenas concessões que não ajudarão em nada nos esforços de união de seu partido, o Conservador, disse seu parceiro de coalizão nesta sexta-feira.

Em um discurso na Thomson Reuters em Londres, Nick Clegg, vice-primeiro-ministro do Reino Unido, lançou uma de suas críticas mais ferrenhas até o momento à política de Cameron para a Europa e revelou suas ideias para reforma e os argumentos para a permanência da Grã-Bretanha dentro do bloco de 28 países.

"David Cameron começou com grandes planos para a retomada de poderes (que hoje são da UE), e então mudou de terreno. Nada disso tem algo a ver com as questões reais - a necessidade de uma UE mais competitiva - trata-se apenas de gerenciar divisões internas do partido Conservador", afirmou Clegg.

Se o Reino Unido votar pela saída da UE em um referendo que Cameron está propondo para 2017, corre o risco de ser menos relevante no cenário mundial e também de ter problemas econômicos, alertou.

"Você corre o risco de ver menos investimento, maior ,e acredito que haveria de modo mais amplo um senso de volatilidade macroeconômica que pode levar a maiores taxas de juros", afirmou, quando questionado sobre o que o Reino Unido enfrentaria fora da UE.

"Eu veria cada vez mais futuros presidentes norte-americanos voando sobre Londres e seguindo diretamente para Berlin, sem se importar de fazer visitas regulares a Londres porque simplesmente a cidade não seria mais tão relevante para nossos parceiros norte-americano".

A dura natureza das críticas de Clegg à estratégia política de Cameron para a UE deve alimentar tensões entre a coalizão britânica, formada pelos dois partidos, antes das eleições europeias neste mês. O partido de Clegg, dos Liberais Democratas, é um parceiro minoritário dos Conservadores, e pesquisas sugerem que ficaria em quarto lugar.

O Partido de Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), que faz campanha para a saída da UE, deve ficar à frente de ambos os partidos, disputando a liderança com os Trabalhistas, de oposição.

Cameron prometeu tentar renegociar as relações do Reino Unido com a UE e reconquistar uma gama de poderes para o país caso seja reeleito no ano que vem, para então dar aos britânicos um referendo sobre a permanência dentro do bloco europeu, em 2017.

Clegg, cujo partido é definido como a principal força pró-UE no Reino Unido, disse que essa estratégia "nunca daria certo".

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