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Prefeitura de SP pede que Justiça reconsidere interdição de Cingapura

Segundo a Prefeitura, o pedido de reconsideração foi feito "tendo em vista as medidas realizadas para minimizar os efeitos do gás no local"

Cingapura da avenida Zaki Narchi, em São Paulo (Google Street View)

Cingapura da avenida Zaki Narchi, em São Paulo (Google Street View)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 21h02.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo entrou com um pedido de reconsideração na tarde de hoje para que a Justiça reconsidere a medida de retirada dos moradores do Cingapura Zaki Narchi, na zona norte da cidade, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Na última sexta-feira, 7, o juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara da Fazenda Pública, pediu a interdição do conjunto habitacional. De acordo com o magistrado, "trata-se, sem dúvida, de uma medida extrema essa de interdição e remoção dos moradores, mas ela é a única que pode eficazmente controlar a situação de risco a que essas pessoas estão submetidas, exigindo-se a intervenção do Poder Judiciário".

Segundo a Prefeitura, o pedido de reconsideração foi feito "tendo em vista as medidas realizadas para minimizar os efeitos do gás no local". Em resposta, o juiz marcou uma audiência para amanhã, às 14h30, com técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), representantes do Ministério Público e da Prefeitura.

Cerca de 70 moradores do Cingapura viraram duas caçambas de lixo na avenida Zaki Narchi, interditaram parte da via e fazem uma manifestação na noite de hoje contra a decisão da Justiça divulgada hoje, que manda a Prefeitura removê-los do local devido ao risco de explosão. Atualmente, 2.787 pessoas moram no Cingapura Zaki Narchi.

Cetesb

A Cetesb divulgou nota no final da tarde de hoje informando que realizou medições para verificar os índices de concentração de gás metano nas dependências do Centro de Educação Infantil Nair Salvado, do Conjunto Habitacional Cingapura Zaki Narchi, na zona norte da capital.


Apenas em um poço de monitoramento na área externa da creche foi registrado 100% do limite inferior de explosividade. De acordo com o monitoramento feito em salas, instalações hidráulicas, bueiros e ralos, área de estoque, cozinha e almoxarifado, não foi detectado índice de inflamabilidade em nenhum desses locais. Nas campanhas de avaliação do ar ambiente já feitas sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), nos apartamentos térreos do residencial não foi detectado a presença de metano.

De acordo com as exigências feitas pela Cetesb, enquanto não for instalado o sistema de drenos para extração do metano nos locais onde está acusando a presença do gás em situação potencial de risco, a Sehab deverá realizar monitoramento diário na creche e na área dos apartamentos, para assegurar a eliminação de possível via de invasão de vapores em ambientes confinados.

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